TERRITÓRIOS VULNERÁVEIS À OCORRÊNCIA DA COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV EM MUNICÍPIO ENDÊMICO PARA TUBERCULOSE
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1968402Palavras-chave:
Tuberculose, HIV, Epidemiologia, Análise EspacialResumo
Objetivo: Analisar os territórios vulneráveis à ocorrência da coinfecção TB/HIV em cenário endêmico para tuberculose do Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo ecológico, descritivo e exploratório, realizado em Imperatriz (MA), Nordeste do Brasil. Os setores censitários do município foram considerados como unidades ecológicas de análises. Incluíram-se os casos de coinfecção TB/HIV, a partir das fichas de notificação de tuberculose registrados junto ao Sistema de Notificação de Agravos (SINAN) entre 2010 e 2019. Realizaram-se a análise espacial de área e análise de Kernel. Os casos foram geocodificados, por meio do software TerraView, versão 4.2.2, e ferramentas como Batch Geocode e GPS. Resultados: No período sob investigação, notificaram-se 800 casos de tuberculose, dos quais, 68 (8,5%) casos foram considerados coinfectados TB/HIV, mediante os registros positivos para sorologia anti-HIV. Foram geocodificados 62 casos (91%) de coinfecção TB/HIV, com destaque para ocorrência majoritária em setores censitários urbanos. Observou-se distribuição espacial heterogênea dos casos, com prevalência variando entre 0,00 e 7,00 casos/100 habitantes, com maiores taxas na região leste dos setores censitários urbanos, e o estimador de Kernel revelou áreas quentes com maior densidade de casos/km2 em setores censitários urbanos caracterizadas por intensas desigualdades socioespaciais. Conclusões: Os territórios vulneráveis, bem como a heterogeneidade espacial dos casos de coinfecção TB/HIV identificados, constituem subsídios para a gestão e os serviços de saúde, na busca por melhoria do manejo desses pacientes e diminuição das iniquidades sociais e de acesso, por meio da implementação de ações de saúde efetivas.