INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO EPIDÊMICO-EPIZOÓTICO DA FEBRE AMARELA NO SUDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2016-2018

Autores

  • Rafael Ramalho Cunha e Silva Escola Nacional de Saúde Pública | Fundação Oswaldo Cruz https://orcid.org/0000-0002-1578-9724
  • Beatriz Fátima Alves de Oliveira Escritório Regional do Piauí | Fundação Oswaldo Cruz
  • Andréa Sobral Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1967184

Palavras-chave:

Febre amarela, Mudança climática, Fatores ambientais, Agrupamento, Análise espacial

Resumo

Objetivo: O objetivo desse estudo foi investigar a relação da febre amarela - FA - com o clima e o ambiente, no processo epidêmico-epizoótico de 2016-2018 ocorrido na região Sudeste brasileira. Métodos: A análise dos dados foi realizada por meio de quatro abordagens: análise espacial da situação epidemiológica; clusters de casos humanos e espacialização das epizootias nos mesmos; identificação de fatores ambientais e climáticos; e a correlação do risco relativo dos clusters e os fatores identificados. Resultados: No período estudado, a maioria dos casos positivos da doença ocorreu no estado de Minas Gerais seguido por São Paulo. Os clusters foram detectados nos anos de 2017 e 2018. O período de estudo apresentou os maiores valores de temperatura e os menores de precipitação em comparação ao período climatológico de 20 anos de análise. A sazonalidade marca o padrão temporal da doença, onde a maioria dos casos ocorre entre dezembro e maio, além disso, surtos ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão. O espaço se encontra em transformação constante, onde o uso e cobertura do solo possui a maior porcentagem ligada às áreas rurais, seguido das áreas florestais.  Os resultados mostraram uma correlação entre o risco relativo dos clusters como fatores ambientais e climáticos. Conclusão: Os resultados apontam para a correlação dos fatores climáticos e ambientais, junto com a presença de vetores e primatas não-humanos - PNHs - geraram um cenário de vulnerabilidade para a região Sudeste, no qual deve-se avaliar planos em relação a saúde pública para a vacinação da população e controle dos vetores urbanos, que podem fazer com que a FA urbana reemerja.

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Publicado

29-08-2023

Como Citar

SILVA, R. R. C. e; OLIVEIRA, B. F. A. de; SOBRAL, A. INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO EPIDÊMICO-EPIZOÓTICO DA FEBRE AMARELA NO SUDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2016-2018. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 19, p. e1924, 2023. DOI: 10.14393/Hygeia1967184. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/67184. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos