DA GLOBALIZAÇÃO DE INFECÇÕES/DOENÇAS AO ESTIGMA: O HIV AO SUL DO EQUADOR
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1966815Palavras-chave:
HIV, Espacialidade, Globalização, BrasilResumo
Considerando que diversas doenças/infecções assolam a população brasileira desde a chegada dos portugueses ao “novo continente”, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a forte correlação entre a aceleração do processo de globalização e a chegada de diversas pandemias ao Brasil, em especial o HIV/AIDS, doença que na década de 1980 era chamada de “peste gay” e foi responsável pela estigmatização da homossexualidade masculina. Ao longo do tempo, muitas conquistas foram obtidas pelos movimentos sociais, como o tratamento do HIV e a difusão de informações legítimas sobre o HIV/AIDS, uma vez que a infecção/doença impacta toda a sociedade. Apesar disso, dias difíceis tomam conta do país, ameaçando a existência do SUS e a oferta gratuita de medicamentos pré e pós-exposição ao vírus. Como materiais e métodos, destacamos a revisão bibliográfica com a presença de triangulação de métodos, observando os olhares dos pesquisadores sobre o fenômeno a partir de mais de um ângulo, método de revisão de literatura de cunho sistemático, coletando dados e salientando evidências a respeito do cenário do HIV/AIDS no Brasil e, por fim, traçamos uma análise documental de cunho historiográfico que ampara esta pesquisa e contribui de forma substancial para a construção teórico-metodológica deste artigo. Logo, como resultados, percebe-se que desde o Brasil Colônia a globalização de doenças tem acometido milhares de pessoas e que, ainda hoje, após 40 anos do primeiro caso de HIV/AIDS, a culpabilidade tem sido profundamente direcionada para determinados grupos sociais.