ANÁLISE ESPACIAL DAS ONDAS EPIDÊMICAS DE DENGUE NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1965950Palavras-chave:
Dengue, Alças epidêmicas, Análise espaço-temporal, GeoestatísticaResumo
A dengue vem impactando a saúde pública nas últimas décadas. No Distrito Federal, as epidemias têm sido recorrentes e recorde em número de casos registrados. Embora apresente padrões sazonais, sua transmissão está associada à organização das dinâmicas urbanas e ambientais. Este artigo tem como objetivo analisar a dinâmica espaço-temporal de dengue no espaço urbano do DF entre 2014 e 2019. A análise geoestatística foi utilizada para identificar as alças epidêmicas de dengue. A escala geográfica foi composta pelas áreas urbanas utilizadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A análise temporal ocorreu por biênios, a partir da data de início e a duração em semanas epidemiológicas. Buscou-se verificar o padrão espaço-temporal da doença, inferir a velocidade de transmissão e identificar as áreas de maior persistência. Observou-se que não há homogeneidade espaço-temporal quanto ao início e duração das alças epidêmicas. Existem diferenças no processo de dispersão e velocidade de transmissão em períodos epidêmicos e não epidêmicos. Os padrões de dispersão estão relacionados à sazonalidade climatológica e a ocorrência dos casos apresenta ‘núcleos’, dos quais determinadas áreas tendem a dispersar a doença para áreas adjacentes, que precisam de maior atenção para prevenir a dispersão da doença.