IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS ASSOCIADAS ESPACIALMENTE À INCIDÊNCIA DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP), ENTRE 2013 E 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1964332

Palavras-chave:

Dengue, Análise espacial, Detecção de aglomerados

Resumo

Neste artigo, o objetivo é avaliar a aplicação de alguns métodos de análise espacial para detecção de aglomerados em estudos relacionados às epidemias de dengue, entre eles, o método de densidade kernel, de autocorrelação local de Moran e o método para detecção de aglomerados Scan. O município de Campinas (SP), reúne características epidemiológicas e geográficas favoráveis à infestação pelo mosquito Aedes aegypti. Considerou-se o período de 2013 a 2016, totalizando 118.658 casos confirmados. Os resultados demonstraram que os casos confirmados de dengue e as taxas de incidência registradas apresentaram arranjo espacial aglomerado, e subáreas do município com autocorrelação espacial significante de altas taxas de incidência, com a formação de agrupamentos de diferentes intensidades, indicando dependência espacial. Os três métodos utilizados apresentaram similaridades e coerência. Em alguns distritos de saúde os aglomerados se mantiveram persistentes ao longo de todo o período avaliado (norte, noroeste e sudoeste), enquanto outros aglomerados, também expressivos, foram intermitentes (sul e leste do município). Em 2013, 2014 e 2016 os aglomerados mais expressivos mantiveram-se nas regiões periféricas do município, enquanto em 2015, as regiões mais centrais foram mais acometidas. Tais informações podem servir como suporte para as ações de enfrentamento de futuros surtos epidêmicos no município.

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Biografia do Autor

Jéssica Andretta Mendes, Universidade Estadual de Campinas

Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (2021 / Bolsa FAPESP: 2017/19446-0) e mestrado em Geografia pela mesma instituição (2016 / Bolsa CAPES 001). Possui graduação em Geografia (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade do Vale do Paraíba (2012 / Bolsa FAPESP: 2011/09296-4) e curso técnico em Cartografia pelo Colégio Técnico Antônio Teixeira Fernandes (2008). Tem experiência nas áreas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, geografia urbana e análise geoespacial de epidemias.

Marcos César Ferreira, Universidade Estadual de Campinas

Bacharel em Geografia pela UNESP (1987); Mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (1991); Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo - USP (1995) e Livre-Docente pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2004). Há mais de 20 anos dedica-se ao ensino, à pesquisa e à formação de novos pesquisadores nas áreas de sistemas de informação geográfica - GIS, sensoriamento remoto, análise espacial, cartografia temática e processamento digital de imagens orbitais. É líder do grupo de pesquisa Métodos de Análise Geoespacial, certificado pelo CNPq. É autor do livro Iniciação à Análise Espacial (2014), publicado pela Editora Unesp, e classificado entre os finalistas do Prêmio Jabuti 2015.

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Publicado

29-03-2023

Como Citar

MENDES, J. A.; FERREIRA, M. C. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS ASSOCIADAS ESPACIALMENTE À INCIDÊNCIA DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP), ENTRE 2013 E 2016. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 19, p. e1909, 2023. DOI: 10.14393/Hygeia1964332. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/64332. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos