A FEIRA É LIVRE (?): ESTUDO SOBRE FENÔMENOS SOCIAIS, SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS DO COTIDIANO DE UMA FEIRA DA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia17057222Palavras-chave:
Feira Livre, Alimentação Saudável, Cultura, Mulheres Trabalhadoras, Segurança Alimentar e NutricionalResumo
O presente estudo tem como objetivo analisar os significados acerca da “comida de feira” sob a ótica de mulheres trabalhadoras em uma feira livre, bem como suas acepções sobre alimentação saudável. Situado no campo das ciências da saúde e socioantropologia, a pesquisa foi desenvolvida a partir de uma abordagem qualitativa, construída a partir de observação direta com registro em diário de campo e entrevistas semiestruturadas contendo questões norteadoras. Os resultados foram organizados em quatro categorias, sendo estas: “Primeiro olhar sobre a feira”, que apresenta uma visão geral do espaço em estudo; Faces da reforma: “feira hoje parece que tem um dono”, que discorre sobre os impactos da recente reforma da feira livre; “O se tornar feirante”, que dialoga sobre a construção da profissão de feirante; Comida de feira: “aqui tem comida de todo tipo”, onde é feita uma análise da comida da feira livre e a acepção do saudável. Com este estudo, conclui-se que a feira livre, sob a perspectiva das feirantes, configura-se como cenário para além da distribuição e comercialização de alimentos. As percepções sobre a comida de feira e as nuances do conceito de saudável também ultrapassam os aspectos nutricionais e incluem valores socialmente construídos.