A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E SEUS FATORES DE RISCOS SOCIOAMBIENTAIS NO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ, PARÁ, BRASIL: ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16056928Palavras-chave:
Leishmaniose Tegumentar Americana, Análise Espacial, EpidemiologiaResumo
O estudo objetivou analisar a distribuição espacial da LTA em Tucuruí e a sua relação com variáveis socioambientais e epidemiológicas, no período de 2012 a 2016. Os dados epidemiológicos foram obtidos no SINAN da SESPA e os cartográficos, populacionais, unidades de conservação e terras indígenas, foram obtidos no IBGE. Os ambientais foram obtidos no PRODES. As análises dos casos e da relação espacial destes com o desflorestamento utilizaram o Bioestat 5.0 e o ArcGis 10.5.1, respectivamente. O município teve 286 casos confirmados, distribuídos de forma não homogênea em seus setores censitários. Os indivíduos mais acometidos foram do sexo masculino, adultos, pardos, baixo nível de escolaridade e moradores da zona urbana. Foi verificado na série histórica um aumento de casos de LTA e do incremento do desmatamento. A análise espacial mostrou a presença de dois aglomerados de casos localizados na área urbana. Foi observado também a existência de um mosaico de ocupações e terras indígenas. A LTA é um grande e complexo problema de saúde pública em Tucuruí, relacionado à fatores de riscos socioambientais, gerados e condicionados pela insuficiência de políticas públicas no município, que pode ter contribuído para a exposição da população local a vários fatores de risco da doença.