ALTERNATIVIDADES EM SAÚDE HUMANA E A GEOGRAFIA DA SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16056781Palavras-chave:
Alternatividades em saúde, Medicina Alternativa, Práticas Alternativas, Geografia da SaúdeResumo
A história que fundamenta os cuidados e práticas em saúde humana é marcada por um misto de práticas/teorias mágicas e experimentos científicos, e evidencia, desde a Antiguidade, princípios empíricos. A medicina, uma destas práticas, limitava-se aos membros das classes mais altas e detentores de poder, assim como os tratamentos. Contudo, uma outra racionalidade era operacionalizada pelas classes mais baixas. Eram atores, detentores de saberes e práticas alternativas, ao modelo oficial, que contribuíam prestando atendimentos as populações sem acesso à medicina oficial. Diante desses expostos o trabalho visa discutir em um primeiro momento as concepções díspares para a saúde existentes em nossa sociedade (racionalidade científica pós-moderna e o modelo das alternatividades em saúde). Em um segundo momento, discute-se as alternatividades em saúde humana dentro da área da Geografia da Saúde, com a legitimação de sujeitos, dos sistemas médicos complexos e terapêuticas tradicionais e complementares. Com isso, será realizada uma análise do estado da arte das perspectivas alternatividades em saúde a partir dos artigos da Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde – Hygeia, desde seu lançamento, em 2005, até junho de 2020. Objetiva-se depreender quais são as discussões e vertentes teóricas/metodológicas em voga, e o lugar das alternatividades ao longo dos 15 anos. Como considerações, revela-se a necessidade da discussão das alternatividades dentro da Geografia da Saúde, fundamental à legitimação das práticas e sujeitos alocados dentro das, não oficiais, alternatividades a saúde, assim como, para a construção de uma outra epistemologia da saúde.