VULNERABILIDADE E INCIDÊNCIA DA COVID-19 NO NORDESTE DO BRASIL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE CLUSTER

Autores

  • Marcelo Luis de Amorim Souza Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) campus São Gonçalo do Amarante
  • Thiago Valentim Marques Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) campus Natal-Zona Norte
  • Maria Marla Paiva de Amorim Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) – EBSERH

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia16055649

Palavras-chave:

SARS, Coronavírus, Síndrome respiratória, Morbidade, Socioeconômico.

Resumo

A COVID-19 tornou-se uma epidemia em proporção global. A maior susceptibilidade de disseminação da doença e da mortalidade relaciona-se a fatores sociodemográficos e a morbidades crônicas subjacentes. A doença tem apresentado grande impacto social e econômico, afetando diretamente à saúde das pessoas e, consequentemente, o mundo do trabalho. Objetivou-se criar perfis de vulnerabilidade demográfica e de morbidade à incidência da COVID-19 para os municípios do Nordeste do Brasil (NEB). Os dados são do IBGE e do Ministério da saúde, e as variáveis são:  densidade demográfica, taxa de urbanização, percentual de idosos acima de 60 anos e internações hospitalares de 2015 a 2019 – Tuberculose, AIDS, Diabetes, Obesidade e Asma.  Utilizou-se a análise de cluster, com objetivo de identificar padrões de similaridade entre os municípios do NEB. A vulnerabilidade é apresentada em quatro clusters: baixa, moderada, alta e crítica. Observou-se uma heterogeneidade na distribuição dos clusters com alta e crítica vulnerabilidades nas capitais, exceto Aracaju (SE). A maioria dos municípios polos de cada estado apresentou vulnerabilidade moderada. A “vulnerabilidade crítica” apresentou alta densidade demográfica, alta taxa de urbanização, alto percentual de idosos acima de 60 anos e alto número de internações de pessoas com asma, obesidades, AIDS, tuberculose e diabetes. A “vulnerabilidade baixa” foi constituída, em sua maioria, por municípios com baixa densidade demográfica, baixa urbanização e baixo número de internações correspondentes às doenças selecionadas, sendo o percentual de idosos acima de 60 anos o segundo maior. Os resultados poderão contribuir para refletir sobre políticas públicas de combate a surtos e de proteção social.

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Publicado

28-09-2020

Como Citar

SOUZA, M. L. de A. .; MARQUES, T. V. .; AMORIM, M. M. P. de . VULNERABILIDADE E INCIDÊNCIA DA COVID-19 NO NORDESTE DO BRASIL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE CLUSTER. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 16, p. 232–248, 2020. DOI: 10.14393/Hygeia16055649. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/55649. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos