VULNERABILIDADE E INCIDÊNCIA DA COVID-19 NO NORDESTE DO BRASIL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE CLUSTER
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16055649Palavras-chave:
SARS, Coronavírus, Síndrome respiratória, Morbidade, Socioeconômico.Resumo
A COVID-19 tornou-se uma epidemia em proporção global. A maior susceptibilidade de disseminação da doença e da mortalidade relaciona-se a fatores sociodemográficos e a morbidades crônicas subjacentes. A doença tem apresentado grande impacto social e econômico, afetando diretamente à saúde das pessoas e, consequentemente, o mundo do trabalho. Objetivou-se criar perfis de vulnerabilidade demográfica e de morbidade à incidência da COVID-19 para os municípios do Nordeste do Brasil (NEB). Os dados são do IBGE e do Ministério da saúde, e as variáveis são: densidade demográfica, taxa de urbanização, percentual de idosos acima de 60 anos e internações hospitalares de 2015 a 2019 – Tuberculose, AIDS, Diabetes, Obesidade e Asma. Utilizou-se a análise de cluster, com objetivo de identificar padrões de similaridade entre os municípios do NEB. A vulnerabilidade é apresentada em quatro clusters: baixa, moderada, alta e crítica. Observou-se uma heterogeneidade na distribuição dos clusters com alta e crítica vulnerabilidades nas capitais, exceto Aracaju (SE). A maioria dos municípios polos de cada estado apresentou vulnerabilidade moderada. A “vulnerabilidade crítica” apresentou alta densidade demográfica, alta taxa de urbanização, alto percentual de idosos acima de 60 anos e alto número de internações de pessoas com asma, obesidades, AIDS, tuberculose e diabetes. A “vulnerabilidade baixa” foi constituída, em sua maioria, por municípios com baixa densidade demográfica, baixa urbanização e baixo número de internações correspondentes às doenças selecionadas, sendo o percentual de idosos acima de 60 anos o segundo maior. Os resultados poderão contribuir para refletir sobre políticas públicas de combate a surtos e de proteção social.