ANÁLISE DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA E HUMANA NO MUNICÍPIO DE CLÁUDIO, MACRORREGIONAL DE SAÚDE OESTE DE MINAS GERAIS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16055405Palavras-chave:
Leishmania infantum, Leishmaniose visceral, Cão, Epidemiologia, Prevalência, Saúde PúblicaResumo
A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil preconizam a importância de avaliar a ocorrência de doenças negligenciadas, entre elas as Leishmanioses, em regiões consideradas indenes, pois a identificação precoce de áreas de ocorrência dessas enfermidades favorece a implementação de medidas preventivas de forma mais eficaz. Objetivo: Determinar a prevalência de leishmaniose visceral (LV) canina, a frequência de LV humana e identificar espécies de Leishmania circulantes na cidade de Cláudio, região Centro Oeste de Minas Gerais. Método: Foi realizado inquérito sorológico amostral canino na área urbana do município utilizando dois testes imunológicos (imunocromatografia rápida, ensaio imunoenzimático), e diagnóstico sorológico em humanos por três testes (imunocromatografia rápida, ensaio imunoenzimático, imunofluorescência indireta) em residentes de casas com cães parasitados e/ou onde foram capturados Lutzomyia longipalpis, inseto vetor de Leishmania infantum. Resultados: Dos 430 cães examinados, cinco foram sororreagentes nos dois testes imunológicos, com prevalência de 1,2% (IC95%: 0,4%–2,7%). Nas amostras de medula óssea, baço e linfonodos dos cães sororreagentes, foram identificadas formas amastigotas e através do diagnóstico molecular constatou a presença de L. infantum, parasito causador da leishmaniose visceral. Na pesquisa da Leishmaniose visceral humana foram avaliados 74 indivíduos, não sendo identificado nenhum com sorologia positiva. Conclusão: É muito importante a implantação de estratégias de prevenção e controle da leishmaniose visceral canina no município, evitando a propagação da parasitose entre a população canina e consequentemente a transmissão para população humana, pois essas enfermidades estão em franca expansão na região Centro Oeste de Minas Gerais, e em humanos pode levar ao óbito se não diagnosticada e tratada precocemente.