PANDEMIA E TERRITÓRIO: RITMO DE DIFUSÃO DA COVID-19 ENTRE MUNICÍPIOS BRASILEIROS DE 25 DE FEVEREIRO A 11 DE MAIO DE 2020 DE ACORDO COM FATORES DE PROXIMIDADE SOCIAL EXTRAMUNICIPAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16055064Palavras-chave:
COVID-19, Coronovírus, Indicadores de Gestão Territorial, Proximidade SocialResumo
Diante da gravidade da pandemia de COVID-19 e da consequente necessidade de medidas sobre o padrão de difusão territorial da doença para balizamento de tomadas de decisão, o trabalho tem o objetivo de identificar de que forma fatores de proximidade social extramunicipal condicionam o grau de exposição das populações nos diferentes municípios brasileiros ao risco de contaminação por SARS-CoV-2. Para tanto, foram analisados dados referentes a hierarquia urbano-regional, concentração populacional, volume de riqueza, integração territorial por trânsito de bens e pessoas, bem como graus de relevância de turismo, comparando-os com as notificações realizadas entre 25 de fevereiro e 11 de maio de 2020. Os indicadores selecionados, com exceção do PIB per capita, apresentam relação clara com padrões temporais de exposição à introdução do vírus na população dos municípios brasileiros. Observa-se uma lógica topológica de difusão, em que, a despeito da distância, os municípios primeiramente afetados são aqueles com os mais altos graus de proximidade social extramunicipal, sendo seguidos por aqueles em seu entorno imediato. O trabalho contribui com a discussão sobre o padrão de difusão da COVID-19 ao apontar indicadores e limiares que delimitam classes de municípios com distintos graus de exposição ao risco ao longo do tempo.