A MENINGITE CRIPTOCÓCICA: ANALISE ESPACIAL, EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia16053641Palavras-chave:
Cryptococcus, Epidemiologia, Distribuição espacialResumo
A meningite Criptocócica é uma doença fúngica invasiva causada pelo fungo Cryptococcus e produz infecções em hospedeiros susceptíveis tais como os portadores de HIV, além de indivíduos sem deficiência imunológica aparente, sendo um grande problema de saúde pública na atualidade. Este estudo transversal e ecológico tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico e espacial da meningite criptocócica no estado do Pará entre 2014 a 2018. Os dados dos pacientes foram obtidos em prontuários em um hospital de referência em infectologia no estado do Pará e analisados com técnicas estatísticas e espaciais em saúde. O perfil dos indivíduos foi do gênero masculino (64,3%), adultos entre 19 e 59 anos (87%), ensino fundamental (55,7%), autônomos (26,1%), atividades agrícolas (13,9%), sendo os principais sintomas a síndrome meníngea (45,2%) e cefaleia (81,7%). O fator de risco significativo foi à imunossupressão por HIV (57,4%) e taxa de óbitos (40%). A distribuição espacial demonstrou que os maiores índices da doença foram encontradas na mesorregião metropolitana de Belém com 68,7% e o nordeste paraense com 22,6%, devido a facilidade de acesso dos mesmos ao centro de referência especializado, tal situação aponta para necessidade de estudos contínuos que documentem a progressão da distribuição espacial e a prevalência da doença fúngica e/ou associação com outras patologias na área de estudo para um maior controle e tratamento.