INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DIARREICAS NA BACIA DO RIO DOCE E POSSÍVEIS RELAÇÕES COM INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO E O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO - MARIANA/MG.

Autores

  • Thiago Araújo UFMG
  • Frederico Azevedo Lopes Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências
  • Camila Palhares Teixeira Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM) Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia153249102

Resumo

O rompimento da barragem de Fundão, localizada no município de Mariana-MG, ocorrido em novembro de 2015, trouxe graves consequências socioambientais, dentre elas, a interrupção da captação de água em diversas localidades. Considerando o risco associado à saúde humana, este trabalho busca analisar a distribuição espacial de doenças diarreicas em crianças de zero a quatro anos de idade nos municípios pertencentes a bacia do rio Doce e suas possíveis correlações com os serviços de abastecimento de água e esgoto, bem como averiguar a possível influência do rompimento da barragem de Fundão sobre as taxas de incidência de doenças diarreicas nos municípios dependentes de capitação de água do rio Doce. Apesar de não terem sido verificadas correlações significativas referentes à sazonalidade (Kruskal-Wallis), serviços de água e esgoto (Spearman) e o rompimento da barragem sobre as taxas de incidência (Mann-Whitney), foi possível observar que a população infantil, é a mais vulnerável e a distribuição de casos estão, no decorrer dos anos, concentrados na porção norte e leste da bacia, por meio da autocorrelação espacial (Kernel e I de Moran). Deste modo, ressalta-se a necessidade de adoção de medidas eficazes de prevenção e controle da diarreia infantil nos municípios da bacia do rio Doce.

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Publicado

01-11-2019

Como Citar

ARAÚJO, T.; AZEVEDO LOPES, F.; PALHARES TEIXEIRA, C. INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DIARREICAS NA BACIA DO RIO DOCE E POSSÍVEIS RELAÇÕES COM INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO E O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO - MARIANA/MG. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 15, n. 32, p. 95–111, 2019. DOI: 10.14393/Hygeia153249102. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/49102. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos