MOBILIZAÇÃO SOCIAL E MONITORAMENTO DE VETORES EM MICROTERRITÓRIOS, POR MEIO DE OVITRAMPAS: Conquistas e desafios
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia142904Palavras-chave:
Mobilização Social. Promoção da Saúde. Ovitrampas. ArbovírusResumo
Este trabalho resulta de um Projeto "Mobilização comunitária e contribuições de agentes ambientais, enquanto estratégias de Promoção da Saúde com Escolas Municipais Rurais, Uberlândia (MG)", que propôs a mobilização social no monitoramento de vetores, por meio de ovitrampas, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTM) e Escolas Rurais do Município de Uberlândia/MG, dentro de práticas de Vigilância Ambiental, sob a coordenação dos Cursos Técnicos Controle Ambiental e Meio Ambiente, Escola Técnica de Saúde (ESTES), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Sabe-se que há uma degradação ambiental que proporciona a disseminação arbovírus e seus patógenos, transmitidos ao homem e a outros animais, intensificando problemas de saúde pública, de uma área restrita para um problema regional, em especial, Dengue, Febre Chikungunya, Febre Amarela, Mayaro, Roccio e Febre Zika. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir resultados da mobilização social e monitoramento de vetores em microterritórios, por meio de ovitrampas. A metodologia adotada para monitoramento dos vetores se deu a partir da instalação de ovitrampas, análise das palhetas em lupas no laboratório, quantificando dos ovos em viáveis, eclodidos e danificados. Realização de atividades como mobilização social, por meio de desenhos e/ou escritas, como percepção e representação ambiental, sobre vetores e seus ciclos, as doenças e os cuidados ambientais, enquanto estratégias da Promoção da Saúde. No IFTM (2014/2015) as palhetas detectaram 13.505, 10.132 viáveis, 1.811 eclodidos e 1.567 danificados. A relevância deste trabalho se dá no monitoramento de vetores por meio da mobilização social e ovitrampas. As ovitrampas foram eficientes, detectaram em diferentes períodos sazonais a presença dos arbovírus e possibilitaram a todos um maior entendimento e diálogo da importância do monitoramento dos vetores e dos diálogos nos cuidados ambientais. Precisamos acreditar na Promoção da Saúde para que possamos modificar estilos e modos de vida de determinados grupos sociais que, no contexto dos territórios, são e estão mais vulneráveis aos impactos das doenças transmitidas por arbovírus.