A INSERÇÃO DAS REGIÕES DE SAÚDE NA REDE URBANA: UM ESTUDO DA DINÂMICA SOCIOECONÔMICA PAULISTA (2002 e 2012)

Autores

  • Ligia Schiavon Duarte Doutora em Ciência pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia132603

Resumo

Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a dinâmica socioeconômica das Regiões de Saúde do estado de São Paulo segundo sua inserção na rede urbana paulista. Método: Para isso foram analisadas as distribuições do Produto Interno Bruto (PIB) e da população, nos anos de 2002 e 2012, segundo as 63 Regiões de Saúde paulistas, classificadas em quatro categorias de condição de urbanização (Baixa urbanização, Média urbanização, Alta urbanização e Metropolitana) e a inserção dos municípios na Rede Urbana, sem considerar a capital do estado. Resultado: A análise dos dois anos, 2002 e 2012, permite inferir que não está ocorrendo uma desconcentração, nem produtiva nem populacional, no território estadual, mas sim, em alguma medida, um deslocamento da população e da atividade econômica para alguns centros urbanos circunscritos às regiões. Esse fato corrobora a ideia do comportamento inercial no desenho da rede urbana, que faz com que alguns lugares sejam privilegiados, ao longo do tempo, como espaços de atração de investimentos, sobretudo daqueles relacionados com atividades estratégicas e de maior valor agregado. Conclusão: O reconhecimento dessas dinâmicas socioeconômicas nas Regiões de Saúde, que são recortes regionais construídos intencionalmente pela política de saúde pública nacional para promover a regionalização do SUS, pode contribuir para que o planejamento das ações e serviços de saúde pública se contraponha à lógica de concentração territorial que, no processo histórico brasileiro, gerou desequilíbrios regionais e centros urbanos de crescimento desordenado.

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Publicado

07-12-2017

Como Citar

SCHIAVON DUARTE, L. A INSERÇÃO DAS REGIÕES DE SAÚDE NA REDE URBANA: UM ESTUDO DA DINÂMICA SOCIOECONÔMICA PAULISTA (2002 e 2012). Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 13, n. 26, p. 33–41, 2017. DOI: 10.14393/Hygeia132603. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/39723. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos