ANÁLISE E ESPACIALIZAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DENGUE NA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ANÃPOLIS-GO, PERÍODO DE 2010-2016
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia132508Palavras-chave:
Dengue. Microrregião de Anápolis. Incidência.Resumo
A dengue é concebida como um dos principais desafios da saúde pública mundial. Objetivou-se analisar a incidência da dengue na microrregião geográfica de Anápolis, Estado de Goiás, Brasil; para o período que compreende os anos entre 2010 e 2016. Realizou-se uma pesquisa observacional, quantitativa, descritiva e exploratória. Foram obtidos dados junto à Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Estado de Goiás - SES-GO, ligada também ao Banco de Dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS. Os dados compreendem as manifestações clínicas da dengue registradas no CID-10, sendo elas: Dengue Clássica, Febre Hemorrágica de Dengue e Dengue com Complicações. O coeficiente de incidência de dengue para os municípios foi calculado, permitindo a estratificação em classes de frequência, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde - OMS, adicionando-se uma categoria, relativa às "altíssimas incidências". A Microrregião de Anápolis chegou a apresentar 17.400 casos no ano de 2016. Os resultados demonstraram que a dengue se comportou de maneiras distintas entre os anos de 2010 e 2016. Durante todo o período analisado, os dados acusam situação epidêmica, isto é, com coeficientes muito acima dos limites considerados dentro do padrão de controle e/ou normalidade da OMS. A análise da situação da dengue na Microrregião de Anápolis revela um grave problema de saúde pública para a grande maioria dos municípios presentes na área de estudo, o que demonstra a importância da observação pelos gestores de saúde de que os altíssimos índices registrados endossam a necessidade de reavaliar políticas e métodos de controle da doença e do vetor.