DAS BRIGADAS SANITÁRIAS AOS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS: O PROCESSO DE FORMAÇÃO E OS TRABALHOS DE CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia132505Palavras-chave:
controle de endemias, trabalho de campo, território, vigilância em saúde ambientalResumo
O objetivo deste artigo é transitar por parte da história da saúde pública no Brasil, com ênfase nas ações sobre o território, especialmente no que tange à relação ambiente/saúde. Procuramos investigar, de forma resumida, como se deram as várias transformações ocasionadas pelos trabalhos de campo realizados pelo setor de vigilância em saúde e controle de endemias, em um recorte temporal que basicamente se estendeu por todo o século XX até os dias atuais. Para construção do texto, realizou-se uma revisão de literatura e uma análise documental, a partir dos manuais e instruções normativas que orientam as ações de campo na saúde. Para discutir os resultados, o artigo está dividido em três partes. Num primeiro momento, realizamos um breve histórico dos trabalhos de campo desenvolvidos pela vigilância em saúde e controle de endemias, evidenciando que embora os riscos e doenças fossem diferentes, as metodologias de trabalho de campo permaneceram muito semelhantes ao longo do tempo. Numa segunda etapa, discutimos a formação e atuação dos agentes de controle de endemias, por acreditar que o processo formativo que vigorou ao longo do século XX exerce, até hoje, forte influência nas ações de vigilância. Por fim, debatemos os manuais de treinamento e orientações para o trabalho de campo, a fim de evidenciar possíveis heranças e rupturas ao longo do tempo nas ações vivenciadas no território.