ANÁLISE ESPACIAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE PALMAS, TOCANTINS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia132502Palavras-chave:
Vigilância, Doença Negligenciada, Meio Ambiente e Saúde PúblicaResumo
Este estudo faz uma análise epidemiológica da Leishmaniose Visceral (LV) no município de Palmas-TO, Brasil, na população e no espaço urbano. Realizou-se uma pesquisa epidemiológica do tipo descritiva e quantitativa, a partir dos casos novos humanos autóctones da LV na zona urbana de Palmas, excluindo-se os distritos de Buritirana e Taquaruçú, e registrados no SINAN. Foram analisadas as variáveis inerentes ao indivíduo e ao local de ocorrência do caso, georreferenciando-se os casos positivos, e construindo mapas temáticos a partir da estratificação epidemiológica e de imagens de satélite. Observou-se redução significativa da incidência da doença (χ2 = 96,7; p < 0,0001), passando de 57,65 casos/100.000 habitantes, em 2003, ano de maior dispersão, para 7,84, em 2013, com maior aglomeração na Região Palmas Sul. O maior risco de ser acometido pela doença foi observado nas regiões periféricas da cidade, densamente habitadas por uma população de baixa escolaridade, predominantemente masculina, da cor parda, sendo as crianças menores de 10 anos as mais acometidas. Os resultados demonstraram a natureza endêmica da LV no município, que apresenta um perfil urbano de transmissão, expondo um quadro de vulnerabilidade socioambiental da região.