LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NA MICRORREGIÃO SERRANA DOS QUILOMBOS, LESTE ALAGOANO, ALAGOAS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1234083Palavras-chave:
Leishmania, reservatórios domésticos, saúde pública, vigilância.Resumo
A leishmaniose visceral é uma doença parasitária de caráter zoonótico, ocasionada por protozoários intracelulares obrigatórios pertencentes ao gênero Leishmania, e de grande importância em saúde pública devido ao aumento significativo do número de casos humanos e caninos nos últimos anos. Neste contexto, nós avaliamos a situação da leishmaniose canina na Microrregião Serrana dos Quilombos do estado de Alagoas, Brasil, por meio de um estudo soroepidemiológico prospectivo transversal. Para isso, foi realizado a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania em amostras de soro de 250 cães, por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) utilizando o kit Bio-Manguinhos®/Fiocruz. Um total de 42 (16,8%) animais foi considerado positivo pela técnica empregada. Destes, 28,5% (12/42) foram cães sintomáticos e 71,5% (30/42) não apresentavam sinais clínicos. Nós concluímos que a leishmaniose visceral está presente na população canina residente na área dos quilombos alagoanos, fato este que pode favorecer o surgimento de casos humanos. Desta forma, os inquéritos soro epidemiológicos e outras medidas de vigilância ativa são essenciais para o monitoramento da infecção a nível populacional, sendo necessário, portanto, uma maior ação por parte dos serviços de controle de endemias e uma atenção ao controle local das leishmanioses na área estudada.
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