PRESENÇA DE PESTICIDAS ORGANOCLORADOS NO LEITE MATERNO: FATORES DE CONTAMINAÇÃO E EFEITOS À SAÚDE HUMANA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1230933Palavras-chave:
Pesticidas, Leite materno, Saúde humana, ToxicidadeResumo
Objetivou-se verificar a presença de pesticidas no leite materno e seus efeitos à saúde humana em estudos realizados em diferentes partes do mundo. Trata-se de uma revisão bibliográfica, com busca nas bases de dados da área da saúde, entre os anos de 2004 a 2014, utilizando os seguintes descritores: "human milk"; "breast milk"; "leite materno"; "pesticides"; "pesticidas"; "organoclorados"; "organochlorine"; "DDT". Foram selecionados 21 artigos, sendo que o diclorodifeniltricloroetano (DDT) e seu principal metabólito diclorodifenildicloroetileno (DDE) foram as substâncias encontradas em maior nível em 18 estudos analisados. As principais formas de contaminação por pesticidas são pelo uso agrícola e controle do vetor da malária e por contaminação indireta, ou seja, resíduos de agrotóxicos presentes em alimentos, solo, ar e água. Hábitos alimentares; idade materna; residência em área rural; índice de massa corporal (IMC) materna; paridade e tempo total de lactação foram os principais fatores que influenciaram na quantidade de pesticidas encontrados no leite materno. Os principais efeitos dos pesticidas sobre a saúde humana foram sobre o sistema reprodutor e endócrino da lactante e da criança, sistema nervoso e alterações no desenvolvimento. A presença de pesticidas no leite materno é uma realidade que necessita ser (re)conhecida, para que medidas de prevenção sejam adotadas pela sociedade civil e governamental.