HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE E OS IMPACTOS NOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Autores

  • Carlos Eduardo de Castro Passos Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA).
  • Antônio Rafael da Silva Doutor em Medicina (UFRJ).
  • Eloisa da Graça do Rosário Gonçalves Doutora em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz.
  • Felipe Gomes Carreiro Neiva Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Silvio Gomes Monteiro Doutor em Ciências Biológicas (USP)

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1230888

Palavras-chave:

Hanseníase, Epidemiologia, Estratégias de controle

Resumo

Introdução: As estratégias de controle da hanseníase vêm se aprimorando ao longo das décadas. No entanto, em 2012, o Brasil ainda detinha o maior número de casos de hanseníase das Américas (93%) e ocupa o segundo lugar de casos no mundo. Fortalecendo tal estatística, encontra-se o Maranhão como 4º colocado do Brasil em detecção de casos novos; 3º em menores de 15 anos de idade; e, no geral, o estado mais prevalente do Nordeste. Métodos: Desenvolveu-se um estudo ecológico exploratório, da evolução temporal dos indicadores epidemiológicos da hanseníase e das políticas públicas de controle da endemia no período de 2002-2011. Resultados: Foi observado que as ações de controle realizadas buscaram abranger os campos da epidemiologia, gestão, atenção integral, comunicação e educação, além de supervisões municipais. Foram identificados os principais indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase, a partir dos quais pôde-se observar um padrão de tendência decrescente na detecção de casos novos, com significância estatística (R2=0,83; P<0,0001). Por outro lado, a proporção de casos novos multibacilares revelou-se em tendência inversa (R2=0,95; P<0,0001). A análise mostrou ainda que o coeficiente de casos novos no Maranhão foi significativamente maior (74,3/100.000) que a média nacional (24,9/100.000), apresentando RR=2,96, IC95%: 1,88-4,66; p<0,0001. Seguiu a mesma trajetória, o coeficiente de casos novos em menores de 15 anos e o coeficiente anual de prevalência. Conclusão: Diante do panorama epidemiológico identificado e das estratégias descritas o estudo reforça que as medidas de controle devem ser mantidas como prioridades em todo o território estadual e ser intensificadas nos municípios em situação de alta e hiperendemicidade.

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Biografia do Autor

Carlos Eduardo de Castro Passos, Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA).

Saúde e Ambiente - SA

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Publicado

12-06-2016

Como Citar

PASSOS, C. E. de C.; SILVA, A. R. da; GONÇALVES, E. da G. do R.; NEIVA, F. G. C.; MONTEIRO, S. G. HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE E OS IMPACTOS NOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 12, n. 22, p. 88–100, 2016. DOI: 10.14393/Hygeia1230888. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/30888. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos