A CHEIA HISTÓRICA DO RIO MADEIRA NO ANO DE 2014: RISCOS E IMPACTOS À SAÚDE EM PORTO VELHO (RO)

Autores

  • Rafael Rodrigues da Franca Universidade Federal de Rondônia
  • Francisco de Assis Mendonça Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1130374

Palavras-chave:

enchentes, inundações, Amazônia, saúde

Resumo

No ano de 2014, o rio Madeira em Porto Velho, capital de Rondônia, alcançou níveis recordes. Do ponto de vista meteorológico, a cheia histórica do rio foi atribuída às chuvas extremas que caíram sobre o centro-norte da Bolívia e no sudeste do Peru, onde se encontram os seus principais afluentes. A elevação do nível do rio e seu transbordamento sobre áreas carentes de serviços adequados de saneamento básico favoreceram a proliferação dos mais diversos vetores e agentes patogênicos que ameaçam a saúde humana. Este trabalho analisou os riscos e a ocorrência de doenças associadas a enchentes e inundações em Porto Velho (RO), região Norte do Brasil, durante o período da cheia história do rio Madeira em 2014. A pesquisa se baseou em dados secundários sobre saúde obtidos junto ao Governo do Estado de Rondônia, secretarias e prefeitura municipal, Defesa Civil, boletins do Corpo de Bombeiros do Estado de Rondônia e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (AGEVISA-RO), bem como informações do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na internet. Os resultados mostram visível crescimento dos casos de leptospirose durante o período das inundações, fato associado ao contato direto da população com a água contaminada e às carências de saneamento básico na região. Outras doenças, como dengue e malária, não apresentaram relação tão direta com o evento hidrometeorológico extremo.

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Publicado

28-12-2015

Como Citar

FRANCA, R. R. da; MENDONÇA, F. de A. A CHEIA HISTÓRICA DO RIO MADEIRA NO ANO DE 2014: RISCOS E IMPACTOS À SAÚDE EM PORTO VELHO (RO). Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 11, n. 21, p. 62–79, 2015. DOI: 10.14393/Hygeia1130374. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/30374. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos