VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL, TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA NA RDS DO TUPÉ, MANAUS, AMAZONAS

Autores

  • Duarcides Ferreira Mariosa Pontifícia Universidade Católica de Campinas http://orcid.org/0000-0001-6552-9288
  • Ednelson Mariano Dota Pontifícia Universidade Católica de Campinas http://orcid.org/0000-0002-8726-0424
  • Marcelo da Silva Gigliotti Universidade Estadual de Campinas
  • Edinaldo Nelson dos Santos-Silva INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1128690

Palavras-chave:

Transição demográfica, transição epidemiológica, indicadores socioambientais, sustentabilidade, Amazônia

Resumo

Determinantes sociais das doenças referem-se ao conjunto de fatores de ordem política, econômica, comportamental, ambiental e cultural que "impõem limites" ou "exercem pressão" na distribuição da saúde e da doença e nos aspectos nocivos e protetivos dados aos grupos sociais no interior e entre sociedades. Neste estudo, com base em dados primários de pesquisa e referenciais bibliográficos sobre o tema, as características sociodemográficas da população ribeirinha da Reserva de Desenvolvimento do Tupé, Manaus, Amazonas (RDS do Tupé) foram associadas a ocorrências de doenças infectocontagiosas e crônico-degenerativas objetivando indicar as possíveis relações deste grupo social com a realidade socioambiental demonstrando sua vulnerabilidade aos fatores de risco de adoecimento. Os resultados observados apontam que em relação às doenças crônico-degenerativos apenas duas variáveis apresentaram associação estatisticamente significativa: faixa etária e escolaridade. Em relação às doenças infecto-contagiosas, o resultado foi distinto: nenhuma das variáveis sociodemográficas apresentou associação estatística significativa, apontando assim para outros fatores com maior relevância na explicação da ocorrência de doenças assim classificadas, como a variável ambiental. Concluiu-se que a população ribeirinha da RDS do Tupé, em razão de sua localização espacial específica - zona de transição entre a metrópole manaura e a floresta amazônica - e da especificidade de seu perfil etário, acha-se duplamente vulnerável à ocorrência simultânea de dois grandes grupos de doenças: as parasitárias ou infecto-contagiosas e as crônico-degenerativas.

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Biografia do Autor

Duarcides Ferreira Mariosa, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Duarcides Ferreira Mariosa possui graduação em Ciências Sociais, Especialização em Serviço Social e Gestão de Projetos Sociais, Mestrado e Doutorado em Sociologia pela Unicamp.

Ednelson Mariano Dota, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Doutor em Demografia - IFCH-NEPO/UNICAMP; Professor da Faculdade de Geografia da PUC-Campinas.

Marcelo da Silva Gigliotti, Universidade Estadual de Campinas

Doutorando em geografia

Edinaldo Nelson dos Santos-Silva, INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia), Professor e Pesquisador do INPA, Coordenador do Grupo de Pesquisa Biotupé/INPA.

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Publicado

27-06-2015

Como Citar

MARIOSA, D. F.; DOTA, E. M.; GIGLIOTTI, M. da S.; SANTOS-SILVA, E. N. dos. VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL, TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA NA RDS DO TUPÉ, MANAUS, AMAZONAS. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 11, n. 20, p. 138–152, 2015. DOI: 10.14393/Hygeia1128690. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/28690. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos