A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE EM MINAS GERAIS, NO PERÍODO DE 1998 - 2012

Autores

  • Flávia Regina Lacerda Suassuna Dutra Programa de Pós-Graduação em Geografia / UFMG/Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais / UFMG
  • Roberto Célio Valadão Universidade Federal de Minas Gerais / UFMG/Doutor em Geologia e Professor Associado do Instituto de Geociências / UFMG
  • Ulisses Eugênio Confalonieri Centro de Pesquisas René Rachou - Minas Gerais / FIOCRUZ/Doutor em Epidemiologia e Pesquisador Titular da FIOCRUZ.
  • Gabriela Viviana Muller Universidad de Entre Ríos, Argentina / UNER Doutora em Meteorologia e Professora Titular na Facultad de Ciencias de la Salud da UNER.
  • Mário Francisco Leal de Quadro Instituto Federal de Santa Catarina / IFSC Doutor em Meteorologia e Professor Titular do IFSC.

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia1128331

Palavras-chave:

Leptospirose, Variabilidade da precipitação, Inundações

Resumo

A leptospirose é endêmica e tem ampla distribuição no Brasil tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, que ocasionam inundações em áreas de aglomeração populacional, sem infraestrutura de saneamento e com alta infestação de roedores, principalmente nas regiões metropolitanas. Considerando a crescente frequência dos episódios de inundações nos últimos anos no Brasil e em Minas Gerais, este estudo busca compreender as associações entre a variabilidade da precipitação e influência desta no padrão de distribuição espacial da leptospirose no Estado de Minas Gerais entre 1998 a 2012. A análise epidemiológica descritiva dos dados permitiu concluir que a doença nos municípios com grande população tem um caráter endêmico, embora sujeita a oscilações epidêmicas, enquanto que nos municípios com menor população a ocorrência predomina sob a forma de surtos epidêmicos, com grande concentração de casos em determinados anos com altas taxas de incidência. As sete maiores taxas de incidência anual da série ocorreram em municípios com menos de 85 mil habitantes. Inversamente, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a mais populosa do Estado, os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Ibirité, as taxas anuais de incidência não ultrapassam o valor de 32/100.000, com exceção do ano epidêmico de 2003, em Betim (8,6/100.000). A espacialização da doença no Estado mostrou uma distribuição sensível à variabilidade espaçotemporal. Além dos condicionantes sociais e ambientais, relacionados à doença, principalmente nas áreas urbanas, acredita-se que esse fenômeno possua um componente climático que explique os momentos de expansão e retração da leptospirose, bem como, influencia notadamente sua intensidade nos períodos chuvosos.

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Biografia do Autor

Flávia Regina Lacerda Suassuna Dutra, Programa de Pós-Graduação em Geografia / UFMG/Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais / UFMG

aluna de doutorado em Geografia Física com área de concentração em Análise Ambiental do Instituto de Geociências da UFMG

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Publicado

27-06-2015

Como Citar

DUTRA, F. R. L. S.; VALADÃO, R. C.; CONFALONIERI, U. E.; MULLER, G. V.; QUADRO, M. F. L. de. A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE EM MINAS GERAIS, NO PERÍODO DE 1998 - 2012. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 11, n. 20, p. 106–126, 2015. DOI: 10.14393/Hygeia1128331. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/28331. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos