ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E VETORES DA DOENÇA CHAGAS EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA (MG), BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia516927Palavras-chave:
triatomíneos, doença de Chagas, assentamentos de reforma agráriaResumo
Buscou-se identificar neste trabalho as condições propícias à domiciliação de vetores da doença de Chagas nos treze Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária (PAs) no município de Uberlândia (MG), sob a ótica da Geografia Médica, analisando-se as condições socioeconômicas e ambientais. Teórico-metodologicamente este estudo fundamenta-se no complexo patogênico. Além da pesquisa bibliográfica, realizaram-se trabalhos de campo, quando se aplicou questionários e descreveu-se a paisagem. Os dados foram tabulados através do Excel® e o mapeamento dos PAs realizado com o ArcGis 9.0. Pôde-se constatar que a produção alimentar é, mormente, realizada para a subsistência, com baixa utilização de agrotóxicos. Na maioria dos lotes há criação de animais domésticos e 95% dos entrevistados diz avistar ou perceber animais silvestres. Em geral, a renda mensal familiar não excede dois salários mínimos. Grande parte das moradias está inacabada. Para o "fogão caipiraâ€?, os remanescentes de vegetação nativa fornecem 60% de todo o combustível, a lenha, o que pode proporcionar a domiciliação de vetores da doença, que têm em troncos secos ecótopos naturais. Foram capturados triatomíneos em 6 moradias próximas a remanescentes de vegetação nativa. Não se têm ações de vigilância entomológica nos PAs, sendo raros aqueles moradores que saberiam como proceder, caso encontrassem um triatomíneo. Conclui-se que, sem a implementação de políticas públicas específicas, os PAs em Uberlândia podem representar, em breve, espaços de domiciliação de triatomíneos e de transmissão vetorial da doença de Chagas.Downloads
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Publicado
04-10-2009
Como Citar
BATISTA, P. H.; LIMA, S. do C. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E VETORES DA DOENÇA CHAGAS EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA (MG), BRASIL. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 5, n. 8, p. 57–91, 2009. DOI: 10.14393/Hygeia516927. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/16927. Acesso em: 14 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos