SORGO SACARINO: CLARIFICAÇÃO DO CALDO COM TRATAMENTO ENZIMÁTICO AUMENTA A QUALIDADE DO MOSTO DE FERMENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL

Eficiência fermentative de três genótipos de sorgo sacarino submetidos a tratamento enzimático

Resumo

Atualmente, o sorgo sacarino está sendo avaliado em todo o mundo como matéria-prima para a produção de biocombustíveis, pois seus caldos são ricos em açúcares que podem ser fermentados diretamente em etanol. Neste trabalho avaliou-se a eficiência fermentativa de três genótipos de sorgo sacarino visando a produção de etanol, colhidos em duas épocas, colmos limpos e integrais e o tratamento do caldo e do mosto com enzimas amilolíticas visando aproveitar o amido presente para incremento da produção de etanol. O experimento foi realizado na safra 2013/2014, no município de Jaboticabal –SP- Brasil, localizada a 21°14’05’’S e 48°17’09’’W. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com parcelas sub-subdividas e quatro repetições. Os tratamentos primários foram os genótipos de sorgo sacarino (CV147, CV198 e BRS508), os secundários, o tipo de colheita (colmos integrais e colmos limpos); o terciário as duas épocas de amostragem (102 e 116 dias após a semeadura - d.a.s.) e o quaternário a aplicação de enzimas. No processo fermentativo utilizou-se a levedura PE-2, ao final o vinho foi recuperado e caracterizado. Calculou-se a eficiência fermentativa e litros de etanol por tonelada de sorgo. A clarificação do caldo com tratamento enzimático aumenta a qualidade do mosto de fermentação e possibilita a obtenção de vinhos com menores teores de ARRT e Brix.  A eficiência fermentativa não é afetada pelo genótipo, porém sofre influência da época de colheita e da qualidade tecnológica do caldo. A utilização de enzimas amilolíticas possibilita a obtenção de vinhos com menores teores de ARRT e Brix. O melhor período de industrialização foi aos102 d.a.s., sendo que o processamento de colmos integrais resultou em menor produção de etanol.