Produção, qualidade físico-química e capacidade antioxidante da uva ‘Niagara Rosada’ sobre diferentes porta-enxertos

Resumo

Objetivou-se avaliar a influência de porta-enxertos na produção da videira, na qualidade e capacidade antioxidante da uva ‘Niagara Rosada’ em dois ciclos produtivos. O trabalho foi realizado em Jundiaí-SP, Brasil (26° 06’ S, 46° 55’ W e uma altitude média de 745m). O delineamento experimental foi de blocos causalizados em parcelas subdivididas, as parcelas foram representas pelos porta-enxertos e as subparcelas pelos ciclos de produção, com quatro repetições, constituídas de 6 plantas.  Os tratamentos consistiram na combinação entre os porta-enxertos ‘IAC 313 Tropical’, ‘IAC 572 Jales’, ‘IAC 571-6 Jundiaí’, ‘IAC 766 Campinas’ e ‘106-8 Mgt’ e a variedade copa ‘Niagara Rosada’, e os ciclos produtivos de 2013 e 2014. O número de cachos, produção e produtividade das videiras, as características físicas de cachos, bagas e engaços e a composição físico-química do mosto (teor de sólidos solúveis, acidez titulável, pH e relação sólidos solúveis/acidez titulável) foram avaliados nos ciclos de produção de 2013 e 2014. Avaliou-se ainda nas bagas das uvas o conteúdo de clorofilas, antocianinas, carotenoides, flavonoides e compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante. Os porta-enxertos não influenciaram a produção e a qualidade física da uva ‘Niagara Rosada’. Quanto as características químicas houve efeito dos porta-enxertos apenas no teor de sólidos solúveis, sendo que os porta-enxertos ‘IAC 766’ e ‘106-8 Mgt’ promoveram maiores valores dessa característica. Da mesma forma, os compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante das uvas não foram influenciados pelos porta-enxertos estudados. As videiras, em 2013 apresentaram maior produção e melhores características físicas das uvas, no entanto, o teor de sólidos solúveis nesse ciclo foi inferior ao de 2014.