Fluxo de emergência de plantas daninhas em função de condições de temperatura e luminosidade em solo de coxilha

Resumo

As informações climáticas permitem inferir qual será o nível de infestação de plantas daninhas, sendo que cada espécie exige requisitos específicos para ocorrência do processo germinativo. Objetivou-se avaliar as espécies infestantes e o fluxo de emergência de plantas daninhas em área de coxilha, quando submetidas a diferentes condições ambientais de temperatura e luz. Realizaram-se dois experimentos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. No primeiro experimento os tratamentos foram definidos por cobertura com filme plástico (sem filme, filme somente em cima, parcialmente fechado e totalmente fechado) e, no segundo, por coberturas de polietileno preto (0; 35; 50; e 80%). A emergência de plantas daninhas na área foi monitorada diariamente, até estabelecimento do fluxo de emergência. Realizou-se também o monitoramento da temperatura do solo, interceptação da radiação solar e umidade do solo. Para a análise das espécies em cada tipo e nível de cobertura foram calculados os parâmetros fitossociológicos e o índice de velocidade de emergência. Os dados obtidos foram submetidos à análise de covariância e quando significativo procedeu-se o teste de Tukey (p≤0,05). Foi realizada análise de grupamento hierárquico para relacionar os fatores e os níveis experimentais aos intervalos da distribuição das covariáveis climáticas. O aumento em 8,5°C na temperatura do solo favorece a emergência de milhã, enquanto que reduz a emergência de papuã, corriola, picão-preto e guanxuma. As principais espécies a se adaptar as condições de redução da temperatura e radiação solar são guanxuma, papuã e milhã, sendo que a redução da radiação aumenta a frequência das espécies magnoliopsidas e proporciona o estabelecimento mais rápido de todas as espécies.