Fitoquímica e potencial antifúngico de Datura inoxia Mill. no controle de fitopatógenos de solo
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v36n3a2020-47881Palavras-chave:
Fitofungicida., Compostos fenólicos., Fusarium solani., Sclerotinia sclerotiorum.Resumo
A aplicação de defensivos químicos para o controle de doenças fúngicas tem por consequência impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Desta forma, a utilização de extratos vegetais com propriedades antifúngicas associado ao manejo adequado de culturas, torna-se uma proposta viável de controle alternativo, principalmente na agricultura orgânica e familiar. Neste sentido, objetivou-se realizar a avaliação fitoquímica das folhas de Datura inoxia, avaliando seu potencial antifúngico frente ao crescimento micelial de Fusarium solani e Sclerotinia sclerotiorum. Os extratos, aquoso e etanólico, obtidos das folhas da planta coletadas em áreas do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foram submetidos à prospecção fitoquímica e quantificação flavonoides e fenóis totais, avaliando-se sua atividade antifúngica em concentrações de 800, 1200, 1600, 2000 e 2400 µg 100 mL-1. Cada concentração foi incorporada, separadamente, em ágar BDA, vertida em placas de petri, seguida da colocação do disco de micélio do fungo, com diâmetro das colônias sendo medido diariamente. Utilizou-se como controle negativo, ágar sem extrato e ágar com solução etanólica. Nos dois extratos ocorreu a mesma diversidade de metabólitos secundários (nove classes); porém o extrato etanólico, um solvente de menor polaridade que a água, foi mais eficiente na extração destes constituintes, com destaque aos alcaloides e compostos fenólicos com maior frequência (100%). Em relação a atividade antifúngica, o extrato etanólico proporcionou inibição de 100% do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotitorum, em todas as concentrações, em relação a testemunha. Por outro lado, o crescimento de Fusarium solani foi afetado negativamente apenas nas maiores concentrações, 800 e 1200 µmL-1 100 mL-1. O potencial antifúngico da planta provavelmente está relacionado a sua constituição química, com abundância de alcaloides e compostos fenólicos, afetando negativamente o desenvolvimento do micélio vegetativo.
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Copyright (c) 2020 Rosemary Matias, Valtecir Fernandes, Bianca Obes Corrêa, Silvia Rahe Pereira, Ademir Kleber Morbeck Oliveira
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