Estudo comparativo da atividade antifúngica dos óleos essenciais de Varronia curassavica Jacq. obtidos por diferentes métodos de destilação
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v36n6a2020-47869Palavras-chave:
Erva-baleeira., Óleos voláteis., Métodos de extração, Colletotrichum musae.Resumo
O objetivo do trabalho foi comparar a atividade antifúngica do óleo essencial de Varronia curassavica obtido por hidrodestilação e micro-ondas frente ao fungo Colletotrichum musae e verificar as alterações que esses métodos de extração causam na superfície da folha. Quatro amostras de óleo essencial obtidas em diferentes condições foram utilizadas. Sendo duas por hidrodestilação, HD1 (1,0 L de água e 100 min.) e HD2 (2,0 L de água e 140 min.); e duas por micro-ondas, MI1 (500W, 20 min. sem adição de água) e MI2 (700W, 40 min. com adição de 50 mL de água às folhas frescas). Foram testadas as concentrações 0,05; 0,1; 0,5; 1,0 e 3,0 % (v/v) de óleo essencial em meio BDA. O crescimento micelial do C. musae foi avaliado por medições do diâmetro, a cada 24 horas até 144 horas após o início da incubação. Folhas sem qualquer tratamento e após os tratamentos HD1 e MI1 foram preparadas para observação em microscópio eletrônico de varredura (MEV) LEO EVO 40. Os compostos mais abundantes nas amostras de óleo essencial analisadas por cromatografia gasosa foram: shyobunol, germacreno D-4-ol, E-cariofileno, biciclogermacreno e α-cadinol. Até 72 horas após o início da incubação, não foi observado nenhum crescimento micelial do C. musae, mesmo nas concentrações mais baixas de óleo essencial, enquanto, para o controle (BDA + DMSO), foi observado crescimento do fungo a partir de 24 horas. Após 144 horas, independentemente da concentração, as amostras de óleo essencial obtidas por HD proporcionaram menor crescimento micelial do C. musae (1,49 cm) quando comparadas às amostras obtidas por MI (1,80 cm). Possivelmente essa diferença ocorreu devido à redução para menos da metade, do teor de germacreno D-4-ol, nas amostras obtidas por MI. As quatro amostras de óleo essencial testadas foram capazes de inibir o crescimento micelial, apresentando portanto, um efeito inibitório sobre o C. musae. Alterações mais drásticas observadas através da MEV foram visualizadas na superfície da folha submetida ao processo de extração por MI em comparação à HD. O óleo essencial de V. curassavica, sobretudo o obtido por hidrodestilação, apresenta potencial para o controle de C. musae.
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