Desenvolvimento de Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) E Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) em forrageiras de inverno

Autores

  • Fabrício Oliveira Fernandes Universidade Estadual Paulista
  • Jéssica Ávila de Abreu Universidade Federal de Pelotas
  • Lucas Martins Christ Universidade Federal de Pelotas
  • Ana Paula Schneid Afonso da Rosa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Simone Martins Mendes Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v36n3a2020-47782

Palavras-chave:

Plantas de cobertura., Manejo de resistência de insetos., Manejo cultural., Resistência constitutiva., Resistência de plantas

Resumo

Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) e Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) são pragas polífagas de grande importância agrícola, em regiões de clima subtropical e temperado. Após a colheita das culturas de verão no sul do Brasil, as áreas são utilizadas como pastagem. Com isso, as forrageiras recomendadas ao pastoreio são cornichão (Lotus corniculatus L.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.) por apresentarem benefícios nutricional, palatabilidade, rebrota e rusticidade. Devido ao alto grau de polifagia de H. armigera e S. frugiperda e o impacto de áreas continuas de alimento (pontes verdes) no manejo destas espécies, este trabalho objetivou-se avaliar o desenvolvimento de H. armigera e S. frugiperda alimentadas com azevém e cornichão em condições de laboratório. Os insetos foram coletados no município de Capão do Leão/RS em plantios de milho e soja. Para cada espécie forrageira foram individualizadas 130 lagartas recém-eclodidas em tubos de vidro autoclavados, com um terço (1/3) do seu comprimento contendo a respectiva forrageira. Os tubos foram tampados com algodão hidrófugo e levados para a sala climatizada a 25 ± 1°C, UR de 70 ± 10% e 12 horas de fotofase. Diariamente, o alimento foi reposto até que as lagartas entrarem em estágio de pupa. As pupas foram sexadas e pesadas e os adultos recém-emergidos foram individualizados em casais em gaiolas de PVC, forradas com papel sulfite A4 branco no seu interior. Os papéis utilizados como substrato de postura foram retirados e trocados diariamente e os ovos foram contabilizados. O número de instares foi determinado pelo modelo linearizado da regra de Dyar. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC) para as variáveis duração do ciclo biológico e viabilidade das fases de ovo, lagarta, pré-pupa, pupa, adultos e pré-oviposição, peso de lagartas ao decimo quarto (14°) dia e pupas após 24 horas. Com base nos resultados obtidos, foi elaborada tabela de vida de fertilidade. H. armigera não completou o ciclo, com apenas três instares e duração de 22,1 e 24,6 dias em azevém e cornichão, respectivamente. Quando avaliado em lagartas de S. frugiperda observou o desenvolvimento nas espécies forrageiras, com 5 e 6 instares e duração de 51,7 e 45,1 dias em azevém e cornichão, respectivamente. Contudo, considerando o critério que evite a formação de ponte verde, azevém destacou-se por interferir no ciclo de desenvolvimento das espécies. Onde, mesmos os que sobrevivem, estão suscetíveis aos efeitos do agroecossitema devido a fonte alimentar ser de baixa qualidade.

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Publicado

2020-04-13

Como Citar

FERNANDES, F.O., ABREU, J. Ávila de, CHRIST, L.M., ROSA, A.P.S.A. da e MENDES, S.M., 2020. Desenvolvimento de Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) E Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) em forrageiras de inverno. Bioscience Journal [online], vol. 36, no. 3, pp. 844–856. [Accessed27 julho 2024]. DOI 10.14393/BJ-v36n3a2020-47782. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/47782.

Edição

Seção

Ciências Agrárias