Mecânica segmentada para tracionamento de canino superior impactado: relato de caso com acompanhamento de 3 anos
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v35n1a2019-42855Palavras-chave:
Orthodontics, Impacted tooth, Tooth abnormalitiesResumo
A preocupação dos pacientes jovens com a estética do sorriso está cada vez maior, ocasionando na visita precoce ao consultório odontológico. É de grande importância que os profissionais, tanto ortodontistas quanto odontopediatras e clínicos gerais, estejam atentos à possíveis alterações de posicionamento e desenvolvimento que comprometam a estética, visto que isso pode evitar tratamentos ortodônticos complexos no futuro. Este relato de caso descreve o tratamento de uma paciente de 9 anos e 4 meses que na avaliação se queixou do tamanho e posição dos incisivos superiores. Clinicamente apresentou maxila atrésica e dentes 12 e 22 em erupção. O mal posicionamento do dente 22 alertou para possível retenção do dente 23. Um tratamento em duas fases foi proposto: uma fase interceptadora e uma segunda fase corretiva. Na interceptadora foi realizada expansão rápida da maxila (ERM), aumentando o espaço para erupção do dente 23 e evitando colapso com o dente 22. Após o período de ativação, o expansor de Haas foi travado e sua remoção feita seis meses após o travamento. Passados 25 meses da remoção, iniciou-se a segunda fase, com ortodontia fixa corretiva e tracionamento do dente 23. Para o tracionamento, foi feita perfuração no esmalte e tracionamento por meio da técnica segmentada, utilizando cantilever de Titanium Molybdenum Alloy (TMA) 0,019” x 0,025” e ancoragem em barra transpalatina passiva (BTP). A utilização desta técnica minimiza efeitos colaterais aos dentes adjacentes ao 23 e a perfuração de esmalte evita possíveis perdas do dispositivo de tracionamento por descolagem. Após 4 meses de mecânica segmentada, removeu-se os dispositivos mantendo a BTP. Passados mais 26 meses, a paciente se encontrava com 14 anos 4 meses, relação molar de Classe III subdivisão direita, apinhamento superior e inferior e relação insatisfatória das bases ósseas, devido ao crescimento excessivo da mandíbula. Foi realizada nova ERM, após 3 meses instalou-se aparelho fixo Padrão III de Capelozza no arco inferior e, após o período de contenção da ERM, instalou-se o aparelho fixo superior. Após 1 ano e 4 meses, removeu-se os dispositivos e se instalou uma placa de Hawley superior, com barra fixa intercaninos de 0.6mm no arco inferior. Com acompanhamento de 3 anos e 4 meses, os resultados foram mantidos, preservando as características oclusais e faciais.
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