Biotecnologia micorrízica como alternativa para potencializar a qualidade do morangueiro
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v36n5a2020-42816Palavras-chave:
Fragaria X ananassa Duch., Fungos micorrízicos arbusculares., Sólidos solúveis totais, Acidez total titulável.Resumo
A necessidade de desenvolver e usar ferramentas biotecnológicas para melhorar o manejo e as técnicas nutricionais no cultivo do morangueiro está aumentando. Com base nisso, o objetivo desse estudo foi testar se a inoculação micorrízica altera o desempenho agronômico e qualitativo de frutos de morangueiro. As mudas de morangueiro usadas foram da cultivar Camarosa. O estudo foi realizado em estufa agrícola, no Setor de Horticultura da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da UPF, na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul (RS), Brasil. O experimento foi desenvolvido e mantido de junho a dezembro de 2015. Os tratamentos consistiram em cinco inóculos: T1 = sem inóculo (controle); T2 = Acaulospora morrowiae; T3 = Rhizophagus clarus; T4 = comunidade micorrízica; T5 = Claroideoglomus etunicatum. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Cada parcela consistiu de um saco contendo 6 plantas espaçadas de 0.15 mx 0.15 m. Na cova de plantio das plantas, foi aplicado, com auxílio de seringa e água, cerca de 70 propágulos infectivos dos inóculos testados. Durante a condução do experimento, a temperatura e a radiação fotossinteticamente ativa (PAR) foram monitoradas no ambiente de cultivo. Foi avaliado o desempenho agronômico e qualitativo dos frutos e a porcentagem de colonização micorrízica das raízes das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as diferenças entre médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de erro de probabilidade de erro. A cultivar Camarosa produziu mais frutos em outubro. Em setembro, no mês anterior ao de melhor desempenho agronômico, a temperatura média foi de 17.7ºC. A PAR média registrada no ambiente de cultivo foi baixa em relação às necessidades da cultura durante todo o período de cultivo. Frutos produzidos por plantas inoculadas com A. morrowiae apresentaram maiores valores da relação SST/ATT em setembro e outubro. A porcentagem de colonização micorrízica variou de 26.2% para A. morrowiae a 46.2% para R. clarus. A inoculação de fungos micorrízicos arbusculares não altera a produção de frutos de morangueiro. No entanto, quando as plantas são inoculadas com A. morrowiae, há uma melhora no sabor dos frutos.
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