Perfil químico e potencial alelopático do extrato aquoso de Anacardium humile St. Hill. (cajuzinho-do-cerrado) na germinação e formação de plântulas de alface, tomate e fedegoso
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v35n6a2019-42366Palavras-chave:
Natural herbicides, Allelopathy, Anacardium humile, Phenolic lipids.Resumo
O gênero Anacardium, Anacardiaceae, destaca-se pela presença de compostos fenólicos. Uma de suas espécies, investigada pelos diferentes potenciais de uso, é Anacardium humile. No entanto, pouco se sabe sobre seus efeitos alelopáticos. Portanto, o presente trabalho objetivou determinar o perfil químico e avaliar o potencial herbicida de suas folhas sobre a germinação e crescimento de Lactuca sativa (alface), Lycopersicon esculentum (tomate) e Senna obtusifolia (fedegoso) in vitro e em casa de vegetação. Folhas de A. humile foram obtidas de 20 matrizes de Cerrado, município de Campo Grande/MS, Brasil. Uma espécime foi depositada no herbário (N. 8448). O extrato aquoso foi obtido das folhas secas e trituradas e o método de extração foi banho de ultrassom (30 minutos) seguido de maceração estática, sendo o solvente evaporado e 12,78 g de extrato obtido. O extrato foi submetido ao perfil químico e determinado: teor de fenóis totais e flavonóides, pH, condutividade elétrica e concentração de sólidos solúveis. Para os bioensaios in vitro, o extrato foi utilizado em diferentes concentrações (25, 50, 100, 150 e 200 mg mL-1). Em casa de vegetação, os substratos foram preparados com 950 g do substrato vermiculita e 50 g do pó das folhas de A. humile (950/50) (5%); 900/100 (10%); 800/200 (20%), além do controle, 100% vermiculita, com delineamento experimental inteiramente casualizado. O extrato apresentou como perfil químico predominante os compostos fenólicos e antraquinonas, com efeito alelopático sobre a germinação e crescimento em câmara de germinação e estufa, em diferentes graus, indicando que há uma forte atividade alelopática associada aos diferentes compostos encontrados nas folhas. Portanto, os resultados indicaram germinação e inibição do crescimento, em diferentes níveis, demonstrando que as substâncias contidas nas folhas de A. humile podem ser uma alternativa promissora para o controle de espécies invasoras.
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