Distribuição filogeográfica de isolados de Asperisporium caricae no litoral do sudeste e nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v35n3a2019-42338Palavras-chave:
Asperisporium caricae, Molecular Phylogeography., Evolutionary ModelsResumo
O mamoeiro (Carica papaya L.), é uma das principais frutas tropicais consumidas no Brasil. O país é um dos principais exportadores de mamão e um dos gargalos da produção mundial está diretamente ligado à ocorrência de doenças foliares, podendo-se destacar a pinta-preta do mamoeiro, causada pelo fungo Asperisporium caricae. O patógeno está amplamente distribuído nas principais regiões produtoras, as quais englobam grande parte do litoral Brasileiro. Estudos filogeográficos contribuem não só para o conhecimento da diversidade genética e da distribuição geográfica das linhagens genealógicas (haplótipos), como também contribuem para o conhecimento dos processos reprodutivos e evolutivos de uma espécie ou de espécies estreitamente relacionadas. No estudo de fungos fitopatogênicos, tais informações são úteis para identificar linhagens genealógicas mais prevalentes em um determinado local, inferir as rotas de dispersão e fornecer informações sobre a origem e frequência dos eventos de introdução de material exótico. Este tipo de estudo produz resultados que podem colaborar significativamente na elaboração de novas estratégias de controle da doença. Não existe, até o presente momento, este tipo de estudo para o patossistema Mamoeiro x A. caricae. Neste trabalho, por meio da análise filogenética e filogeográfica, a partir de sequências nucleotídicas do gene Internal transcribed spacer (ITS), discutimos os eventos genealógicos e de dispersão deste patógeno com o intuito de compreender melhor sua evolução e adaptação nos pomares brasileiros. Dentre os isolados de A. caricae foram identificados 3 haplótipos, sendo sua distribuição relacionada mais ao distanciamento geográfico das regiões das coletas das amostras do que a eventuais processos reprodutivos ou evolutivos da espécie. Acredita-se que a baixa variabilidade dentre os isolados estudados seja explicada pela especialização fisiológica (sobrevivência exclusivamente associada à planta hospedeira) e ao transporte regional de frutos contaminados (com lesões e esporos), sendo baixa a contribuição de eventos reprodutivos, o que corrobora o desconhecimento de fase sexual de A. caricae.
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Copyright (c) 2019 Pedro Henrique Dias dos Santos, Cláudia Roberta Ribeiro de Oliveira, Vivane Mirian Lanhellas Gonçalves, Fernanda Abreu Santana Aredes, Silvaldo Felipe da Silveira
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