Estirpes bacterianas reduzem potencial de solubilização de potássio no solo

Resumo

O objetivo desse estudo foi avaliar se a inoculação com estirpes de bactérias diazotróficas de comprovada capacidade de solubilizar potássio (K) in vitro, contribui para a liberação de K no solo, após adubação com o pó da rocha fonolito. O experimento foi conduzido em recipientes contendo 0,3 dm^-3 de solo contendo baixo teor de potássio. Foram utilizados 15 tratamentos, sendo: 12 com fonolito inoculados com as estirpes bacterianas e 3 tratamentos controle, um sem fonolito e sem inoculação, um contendo fonolito sem inoculação e um contendo KCl, fertilizante solúvel, sem inoculação. Nos tratamentos contendo fonolito e KCl, foi aplicada doses desses materiais para fornecer ao solo 195 mg dm^-3 de K. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. O solo foi incubado por 90 dias, em temperatura ambiente e a umidade foi mantida a cerca de 70% da capacidade de retenção. Após esse período, foram avaliados o teor de K⁺ (Mehlich e resina), valor de pH e da acidez potencial (H+Al). A utilização do fonolito, associado a inoculação com a maioria das estirpes bacterianas contribuiu para aumentar a disponibilidade de potássio no solo, o valor de pH e reduzir a acidez potencial. Dentre as estirpes testadas, destacaram-se UNIFENAS 100-01, UNIFENAS 100-16, UNIFENAS 100-27, UNIFENAS 100-39 e UNIFENAS 100-93, que foram as mais eficientes para a solubilização do K⁺ do fonolito. Apesar dos resultados observados, verificou-se que o teor de K liberado pelas estirpes bacterianas no solo foi reduzido quando comparado às condições in vitro, justificando assim, a necessidade de estudos de biossolubilização no solo visando selecionar as estirpes mais eficientes para desempenhar o processo.