Compostos bioativos em vinhos produzidos em nova área de vitivinicultura no Brasil

Autores

  • Ana Carolina Vilas Boas Universidade Federal de Lavras
  • Rita de Cássia Mirela Resende Nassur Universidade do Estado da Bahia
  • Paôla de Castro Henrique Universidade Federal de Lavras
  • Giuliano Elias Pereira Embrapa Uva e Vinho
  • Luiz Carlos Oliveira de Lima Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v35n5a2019-42268

Palavras-chave:

Vitis vinifera, Bioactive compounds, Resveratrol, Quality, Brazilian wines

Resumo

Vinhos são conhecidos por seu alto teor de compostos bioativos, os quais podem ser influenciados pela região e clima de cultivo das uvas. Novas regiões de produção são normalmente desenvolvidas utilizando técnicas  padrões estabelecidos em regiões produtoras tradicionais, mas é importante a caracterização do perfil do vinho obtido, que é diferente de acordo com o terroir e pode ser importante em futuras indicações geográficas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a cor, capacidade antioxidante, teor de antocianinas e perfil de compostos fenólicos em vinhos produzidos no estado de Minas Gerais, Brazil. Vinhos foram produzidos em diferentes vinícolas do estafo utilizando as variedades Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc (tintos), Chardonnay e Sauvignon Blanc (brancos) e vinhos Syrah (rose) roses dos municípios de Cordislândia, Boa Esperança e Três Corações, localizados no sul de Minas Gerais. Vinhos produzidos no estado de Minas Gerais apresentaram teores de t-resveraatrol, fenólicos totais, antocianinas, flavonóis, favanois e ácidos fenólicos consistentes com os observados em vinhos de outras regiões produtoras. No entanto, o terroir e a variedade de uva podem resultar em uma diferenciação de compostos observados em vinhos. Vinhos Syrah produzidos em Boa Esperança se destacaram com altos teores de antocianinas (24.29 mg L-1), ácidos fenólicos (123.19 mg L-1) and flavanois (35.55 mg L-1), quando comparados com vinhos da mesma variedade de outros municípios e os demais vinhos tintos avalaidos. Vinhos Sauvignon Blanc de Boa Esperança apresentaram altos tores de ácidos fenólicos e flavonoids totais, quando comparados com vinhos da mesma variedade produzidos em Cordislândia. Vinhos Chardonay apresentaram maiores teores de fenólicos totais quando comparados com outros vinhos brancos avaliados. Vinhos Rosé produzidos no Sul de Minas Gerais apresentaram teores de ácidos fenólicos de 36.33 mg L-1 e toeres de flavonois totais de 29.7 mg L-1. Maior atividade antioxidante pelo método do DPPH (% de sequestro de radicais livres) foi observada em vinhos Syrah produzidos em Três Corações (75.37%), não se diferenciando de vinhos Cabernet Sauvignon de Cordislândia (72,50%), teores que podem ser correlacionados com o maiores tores de de fenólicos em vinhos, na forma de compostos fenólicos (3009 mg L-1). Não foram observadas diferenças nos teores de atividade antioxidante em vinhos brancos. Os resultados indicam que os vinhos de Minas Gerais paresental características nutricionais e benéficas indicadas no consume, quando comparados com vinhos produzidos em tradicionais e diferentes regiões do Brasil e outros países.

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Publicado

2019-10-09

Como Citar

VILAS BOAS, A.C., RESENDE NASSUR, R. de C.M., DE CASTRO HENRIQUE, P., PEREIRA, G.E. e LIMA, L.C.O. de, 2019. Compostos bioativos em vinhos produzidos em nova área de vitivinicultura no Brasil. Bioscience Journal [online], vol. 35, no. 5, pp. 1356–1368. [Accessed23 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v35n5a2019-42268. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/42268.

Edição

Seção

Ciências Agrárias