Rentabilidade de cultivares de batata-doce em função da idade de colheita e épocas de cultivo no semiárido

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar a rentabilidade de cultivares de batata-doce, colhidas em diferentes idades e cultivadas em períodos distintos (chuvoso e seco) no município de Mossoró, semiárido do Rio Grande do Norte. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e tratamentos arranjados em parcelas subdivididas, sendo as parcelas formadas por três cultivares de batata-doce (ESAM 1, Paraná e Mãe de Família) e as subparcelas por cinco idades de colheita (90, 105, 120, 135 e 150 dias após o transplantio – DAT). Avaliaram-se produtividade de raízes comerciais e custos de produção, assim como os indicadores econômicos: renda bruta, renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade. Independentemente dos períodos de cultivo, a produtividade de raízes comerciais aumentou com a colheita mais tardia da cultura e diferenciou as cultivares. Os custos de produção foram em média da ordem de R$ 6.087,97 ha^-1 no período chuvoso e R$ 6.181,42 ha^-1 no período seco. As despesas com mão de obra foram as mais impactantes nas despesas totais. As cultivares ESAM 1 e Paraná apresentaram maiores produtividades de raízes comerciais e lucratividades quando cultivadas no período chuvoso, enquanto a Paraná foi superior as demais cultivares no cultivo na época seca. Em ambas as épocas de cultivo, a idade de colheita de 150 DAT promoveu maiores produtividades de raízes comerciais e rentabilidade à produção de batata-doce.