Composição centesimal, mineral e potencial antioxidante da casca do fruto de bacaba

Resumo

Oenocarpus bacaba MART. (bacaba) é uma palmeira nativa da Amazônia que se destaca por suas propriedades antioxidantes. O processamento de seu fruto gera a casca como produto de descarte, que possui nutrientes que podem colaborar na ação antioxidante e na prevenção de doenças. Assim, o presente trabalho avaliou a composição centesimal e mineral, caracterização físico-química (acidez, sólidos solúveis totais, pH e cor), fenóis totais (método de Folin-Ciocalteu), antocianinas e potencial antioxidante pelo método do DPPH (2,2 difenil-1-picril hidrazil) em cascas de bacaba. Para a composição centesimal verificou-se teores (%) de 4.87, 1.42, 29.13, 1.08 e 63.32 para o teor de água, cinzas, lipídeos, proteínas e carboidratos totais, respectivamente. Para a composição mineral foi encontrado teores (mg100g^-1) de 582.97, 79.00, 51.79, 0.625, 37.02, 2.37 e 77.12 para potássio, sódio, magnésio, cobre, cálcio, manganês e fósforo, respectivamente. A caracterização físico-química apresentou valores de pH de 5.66, acidez titulável de 0.306% de ácido cítrico, sólido solúveis totais de 9.75 e cor nas coordenadas L* a* e b* com valores de 19.03, 8.07 e 9.25 . Para o teor de fenóis foi encontrado 42.07 mg EAG.g^-1. O EC₅₀ para a potencial antioxidante foi de 1.07 mg.mL^-1 e o teor de antocianinas foi de 37.31 mg.100g^-1. Os resultados mostram que as cascas de bacaba são uma fonte alternativa de nutrientes sugerindo seu aproveitamento na indústria alimentícia e cosmética, principalmente pela sua potencial atividade antioxidante e composição em minerais.