Sepse neonatal: avaliação dos fatores de risco e análise histopatológica de placentas após o parto

Autores

  • Pâmella Oliveira Duarte Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Gláucia Elisete Barbosa Marcon Fundação Oswaldo Cruz de Mato Grosso do Sul
  • Kenia Oenning Akagi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Zoraida Fernandez Grillo Fundação Oswaldo Cruz de Mato Grosso do Sul
  • Baldomero Antonio Kato da Silva Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, Piauí
  • Doroty Mesquita Dourado Universidade Anhanguera

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v35n2a20198-41814

Palavras-chave:

Escherichia coli, Streptococcus agalactiae, Histopathology, Neonatal sepsis

Resumo

A sepse neonatal é uma síndrome clínica definida por sinais sistêmicos de infecção em recém-nascidos acompanhados de bacteremia. Pode ser responsável por sérias consequências para o recém-nascido, caracterizadas ao nascimento como sepse precoce ou sepse tardia, com alta taxa de morbidade e mortalidade neonatal. Agentes patológicos como Escherichia coli (E. coli), Streptococcus agalactiae (S. agalactiae), Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis são mais frequentemente responsáveis ​​por infecções intra-uterinas. O objetivo deste estudo é avaliar os fatores de predisposição da sepse neonatal em gestantes através do exame histopatológico e do índice apoptótico de tecidos placentários e detectar DNA de E. coli e S. agalactiae utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR). Análises histopatológicas foram realizadas e o índice apoptótico foi determinado para verificar os níveis de possíveis infiltrados inflamatórios e morte celular. Amostras de placenta foram coletadas de novembro de 2013 a maio de 2014. Após a extração de DNA, foi realizada uma PCR amplificando o fragmento alvo das regiões conservadas do polimorfismo rpoB (polimerase beta-RNA) de E. coli e o fator 1 de S. agalactiae. O índice de apoptose foi testado com alaranjado de acridina e o procedimento histológico com coloração de hematoxilina-eosina. Entre 100 amostras de tecidos placentários analisados ​​por PCR, 48 representaram o grupo controle e não apresentaram fator de risco associado à sepse neonatal, e 52 amostras representativas do grupo de estudo apresentaram pelo menos um fator de risco. Entre essas 52 amostras, 7 (13,4%) apresentaram PCR positivo para E. coli. Nenhuma amostra de placenta foi positivo para S. agalactiae na PCR. A quantificação do índice apoptótico não mostrou significância estatística entre os grupos e não foram encontrados infiltrados inflamatórios. No entanto, cortes histológicos mostraram necrose fibrinóide, áreas de infarto e áreas de calcificação em todas as amostras. Portanto, os resultados permitem concluir que as sete pacientes do grupo experimental com PCR positivo para E. coli apresentavam fatores de risco eminentes de sepse neonatal, sendo a infecção do trato urinário (ITU), o principal agravante. O exame histopatológico demonstrou que os fatores de risco causaram alterações significativas, produzindo necrose fibrinóide e áreas infartadas na placenta, ao contrário o índice apoptótico que não diferiu do grupo sem precedentes de risco.

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Publicado

2019-04-12

Como Citar

DUARTE, P.O., MARCON, G.E.B., AKAGI, K.O., GRILLO, Z.F., DA SILVA, B.A.K. e DOURADO, D.M., 2019. Sepse neonatal: avaliação dos fatores de risco e análise histopatológica de placentas após o parto. Bioscience Journal [online], vol. 35, no. 2, pp. 629–639. [Accessed6 outubro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v35n2a20198-41814. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/41814.

Edição

Seção

Ciências da Saúde