Taxa de incidência de lesões musculoesqueléticas no exército brasileiro

Autores

  • Eduardo Borba Neves Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
  • Rafael Chieza Fortes Garcia Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
  • Rafael Melo de Oliveira Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
  • Eduardo Camillo Martinez Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v34n6a2018-41432

Palavras-chave:

musculoskeletal injuries, military personnel, epidemiology, risk factors, wounds and injuries

Resumo

A incidência de lesões musculoesqueléticas (LME) é uma preocupação constante em todas as Forças Armadas. Entre os fatores de risco para LME, treinamentos físicos e esportes podem ser considerados a causa mais frequente em militares. O objetivo deste estudo foi investigar a taxa de incidência de lesões musculoesqueléticas, identificar a distribuição anatômica e sua associação com fatores de risco, tais como: composição corporal, idade e treinamento físico nos últimos 12 meses. Trezentos e cinquenta e um cadetes do primeiro ano da Escola Preparatória de Cadetes do Exército brasileiro e quatrocentos e cinquenta e seis alunos do curso de Sargento logístico (trezentos e setenta e cinco homens e oitenta e uma mulheres) se ofereceram para preencher um questionário auto relatado que foi desenvolvido com base em uma revisão da literatura e a experiência clínica dos pesquisadores. Ele continha perguntas sobre o local anatômico das LME, horas de atividades físicas por semana, tipo de atividades no momento da lesão e dias de ausência em
atividades físicas. Entre 807 sujeitos estudados, 180 militares relataram 220 LME. A partir deste total, 143 apresentaram uma única lesão, 34 sofreram duas lesões e três indivíduos tiveram três lesões cada nos últimos 12 meses. O joelho foi o local anatômico com maior incidência (7,06%) de LME ao longo de um período de 12 meses. A corrida foi a atividade com maior incidência (11,77%) de lesões ao longo de 12 meses, representando 43,18% de todas as LME. Quando considerado todas as atividades de treinamento físico, a taxa de incidência de MSI ao longo de um período de 12 meses foi de 17,97%, o que representa 71,36% de todas as LME. Em militares jovens, a maior quantidade de lesões musculoesqueléticas ocorreu nas extremidades inferiores e durante o treinamento físico militar, sendo a corrida a principal atividade na qual ocorreram as lesões. População, gênero e composição corporal não foram significativamente associados
a esses tipos de lesões, enquanto a idade avançada foi associada neste estudo. A progressão gradual e sistemática da distância e da velocidade durante o treinamento em corrida deve ser enfatizada para evitar LME. 

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Publicado

2018-12-14

Como Citar

NEVES, E.B., GARCIA, R.C.F., OLIVEIRA, R.M. de e MARTINEZ, E.C., 2018. Taxa de incidência de lesões musculoesqueléticas no exército brasileiro. Bioscience Journal [online], vol. 34, no. 6, pp. 1744–1750. [Accessed22 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v34n6a2018-41432. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/41432.

Edição

Seção

Ciências da Saúde