Reação de genótipos brasileiros de algodoeiro ao mofo branco depende da agressividade do patógeno e das condições de incubação

Autores

  • Jeferson Rodrigo Pestana UFU
  • Tâmara Prado de Morais UFU
  • Ana Paula Oliveira Nogueira Universidade Federal de Uberlândia
  • Fernando Cezar Juliatti Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v34n6a2018-41391

Palavras-chave:

Resistance, Gossypium hirsutum L., Sclerotinia sclerotiorum, Genetic diversity, Physiological specialization

Resumo

A expansão da cultura do algodoeiro para terras altas e irrigadas do Cerrado brasileiro, apesar da possibilidade de aumentar a produção de fibras, levou à ocorrência de doenças antes consideradas secundárias, como o mofo branco [Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary]. A resistência genética do hospedeiro é de extrema importância nas estratégias de manejo integrado dessa doença. Avaliou-se a resistência de genótipos brasileiros de algodão, desafiados com diferentes isolados de S. sclerotiorum, sob duas condições de incubação para o progresso da doença. Além disso, foi avaliada a possível correlação entre os métodos do ácido oxálico e do straw test para ranquear os genótipos. A inoculação artificial foi realizada quando as plantas de algodoeiro atingiram o estágio fenológico V2, com fungos isolados de culturas comerciais de soja (ScS) ou de algodão (ScC) naturalmente infectadas. O controle consistiu de plantas inoculadas somente com meio de cultura. Após a inoculação, as plantas foram mantidas em câmara de crescimento ou em casa de vegetação durante uma semana e avaliadas quanto aos sintomas e severidade da doença. O teste do ácido oxálico consistiu na submersão da haste das plantas de algodão, após remoção das raízes, em uma solução de 20 ou 40 mM por 20, 44 ou 68 h. Uma escala visual de murcha foi usada para distinguir a sensibilidade dos genótipos ao ácido. Os dados foram submetidos à análise individual, conjunta e multivariada, agrupando os genótipos de algodoeiro pelo teste de Scott-Knott (p < 0,05) e pelos métodos UPGMA e de Tocher. Diferença na agressividade entre os isolados foi identificada, na qual ScC resultou em maior severidade da doença. Isto sugere possível especialização fisiológica de S. sclerotiorum para diferentes hospedeiros. Observou-se que o ambiente da câmara de crescimento proporcionou condições mais adequadas para infecção por S. sclerotiorum comparativamente à casa de vegetação, permitindo melhor seleção de genótipos resistentes. Os métodos de agrupamento UPGMA e Tocher confirmaram que os genótipos avaliados diferem entre si na resistência ao mofo branco. Não foi observada correlação entre o ácido oxálico e o straw test.

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Publicado

2018-12-14

Como Citar

PESTANA, J.R., MORAIS, T.P. de, NOGUEIRA, A.P.O. e CEZAR JULIATTI, F., 2018. Reação de genótipos brasileiros de algodoeiro ao mofo branco depende da agressividade do patógeno e das condições de incubação. Bioscience Journal [online], vol. 34, no. 6, pp. 1555–1574. [Accessed23 julho 2024]. DOI 10.14393/BJ-v34n6a2018-41391. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/41391.

Edição

Seção

Ciências Agrárias