Detecção de Sclerotinia sclerotiorum em sementes de soja e de feijão pela técnica neon-s modificada
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v34n1a2018-40127Palavras-chave:
Glycine max, Phaseolus vulgaris, Sanity of seeds, White mold, Pathogen detection.Resumo
O método de Neon-S tem sido utilizado para a detecção de Sclerotinia sclerotiorum em sementes de soja e de feijão desde a safra de 2010. Porém, esse método possibilita a leitura de falsos-positivos devido ao aparecimento de fungos que também alteram o pH do meio. O objetivo deste trabalho foi verificar se o aumento do período de incubação melhora a confiabilidade do teste Neon-S em detectar o patógeno S. sclerotiorum em sementes de soja e de feijão. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 3x3, sendo três métodos de detecção (rolo de papel, Neon-S e o meio modificado Neon-S2) e três tipos de sementes (feijão infectado naturalmente e sementes de soja infectadas natural ou artificialmente), totalizando nove tratamentos, com três repetições. Os três métodos foram comparados avaliando 400 sementes por repetição: em meio Neon-S com incubação de sete dias, Neon-S2 com incubação de 15 dias e em rolo de papel por 30 dias, anotando-se a presença do fungo e de escleródios aderidos às sementes. Realizou-se a análise de variância dos dados e teste de comparação de médias (Tukey 5%). No período de 2008 a 2012, 637 lotes foram testados. Dentre os tipos de sementes, a soja inoculada artificialmente apresentou os maiores índices de infecção pelo patógeno. O teste de rolo de papel apresentou 2,8% de amostras positivas, enquanto o Neon-S 29,7%. O método Neon-S2 aumentou a sensibilidade de detecção de S. sclerotiorum nos lotes de sementes analisadas (31,2%); porém, não foi detectada diferença significativa comparativamente ao método Neon-S, ainda que com maiores médias.
Conlui-se que a detecção de S. sclerotiorum pelo método Neon-S pode ser otimizada com a incubação por 15 dias (NeonS2), em virtude da formação de escleródios próximos às sementes infectadas, o que confirma a presença do patógeno e evita a leitura de falsos-positivos.
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Copyright (c) 2017 Roberto Resende dos Santos, Tâmara Prado de Morais, Fernando Cezar Juliatti
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