Matéria orgânica do solo e a produção espigas de milho-verde após quatro anos sob sistemas de cultivo e culturas antecedentes nos tabuleiros costeiros

Autores

  • Alceu Pedrotti Universidade Federal de Sergipe
  • Renisson Nepomuceno de Araújo Filho Universidade Federal do Tocantins
  • Fernanda Cristina Caparelli de Oliveira Universidade Federal de Sergipe
  • Sara Julliane Ribeiro Assunção Universidade Federal de Sergipe
  • Francisco Sandro Rodrigues Holanda Universidade Federal de Sergipe
  • Djail Santos Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v35n3a2019-39806

Palavras-chave:

Zea mays L. No-tillage. Minimum cultivation, Previous crops, Green manure.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes sistemas de cultivo nos teores de matéria orgânica do solo (MOS) e na produtividade do milho verde (peso total das espigas) em Argissolo Vermelho-Amarelo (Ultissol) nos Tabuleiros costeiros da região nordeste do Brasil.. O experimento foi disposto em faixas experimentais com três repetições. Três práticas de cultivo [cultivo convencional (CC), cultivo mínimo (CM) e plantio direto (PD)] foram arranjadas em faixas (830 m²). Então, cada faixa foi dividida igualmente em doze unidades experimentais (60 m²), distante entre si a cada 1 x 10 m, onde quatro culturas antecessoras [guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp.) crotalária (Crotalaria juncea), feijão (Phaseolus vulgaris) e amendoim (Arachis hypogeae)] foram semeadas previamente ao cultivo do milho. As culturas antecessoras e as práticas de cultivo não afetaram os teores de MOS da profundidade de 0.20 m. Uma exceção foi observada nas parcelas com feijão no qual o CC resultou no menor teor de MOS (8.5 dag kg-1) na camada 0-10 cm.  Em relação a produtividade das espigas de milho verde, a adoção do CC também resultou em menor peso (4,11 t ha-1) que no PD (7,65 t ha-1), independente da cultura antecessora. Por outro lado, a influência da cultura de cobertura sob a produtividade do milho verde foi dependente da prática de cultivo. Amendoim e crotalária saíram-se melhor para aumentar a produtividade do milho no CC; amendoim e feijão aumentaram em 14 % a produtividade das espigas de milho verde no CM, enquanto crotalária resultou no mais alto peso total das espigas (9,42 t ha-1). A correlação linear de Pearson foi significativo para a MOS e produtividade de espigas de milho verde com crotalária sob o cultivo mínimo (p <0,001; r = 0,996). Após quatro anos da ausência ou redução do revolvimento do solo, não houve aumento nos níveis de MOS. A aração parece ser importante para aumentar a entrada de C no solo e a proteção química da MOS em Argissolos, principalmente na camada superficial. Embora o PD não tenha fornecido níveis mais elevados de MOS, o rendimento de espigas comerciais de milho verde foi significativamente maior ao se adotar sistemas conservacionistas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-06-11

Como Citar

PEDROTTI, A., ARAÚJO FILHO, R.N. de, OLIVEIRA, F.C.C. de, ASSUNÇÃO, S.J.R., HOLANDA, F.S.R. e SANTOS, D., 2019. Matéria orgânica do solo e a produção espigas de milho-verde após quatro anos sob sistemas de cultivo e culturas antecedentes nos tabuleiros costeiros. Bioscience Journal [online], vol. 35, no. 3, pp. 705–712. [Accessed22 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v35n3a2019-39806. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/39806.

Edição

Seção

Ciências Agrárias