A influência do exercício de simulação de combate sobre marcadores indiretos de lesão muscular em soldados do exército brasileiro

Autores

  • Norma Claudia de Macedo Souza Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Eduardo Borba Neves Escola Nacional de Saúde Pública
  • Marcos de Sá Rego Fortes Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
  • Eduardo Camillo Martinez Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
  • Orlando da Costa Ferreira Júnior Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v34n1a2018-39467

Palavras-chave:

muscle damage, indirect markers of muscle damage, intense physical activity

Resumo

O exercício de simulação de combate é uma atividade militar, onde as atividades de combate caracterizadas por intensa atividade física são simuladas. O objetivo deste estudo foi descrever o comportamento dos marcadores indiretos de lesão muscular durante as atividades militares de simulação de combate com a realização de esforços físicos extenuantes. Este estudo foi realizado com militares voluntários (n = 43; faixa etária = 19-24 anos) do Curso de Formação de Cabos do Exército. Os biomarcadores foram avaliados na linha de base (T0), 72 horas após o início das atividades (T1) e 63 horas após o final da atividade de (T2). Uma análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, com teste post hoc Tukey, foi aplicada para identificar as diferenças estatisticamente significativas nas variáveis analisadas em momentos diferentes. O critério de significância adotado foi o valor de p <0,05. Em média, a massa corporal total foi significativamente maior no T0 quando comparado a T1 (74,4kg x 69,8Kg; p <0,05). Em relação aos marcadores bioquímicos, em média, os níveis séricos foram significativamente maiores (p <0,001) em T1 quando comparados com T0 para: CPK, LDH, CRP, Mb e AGPA. Após 63 horas de descanso, em média, os níveis séricos dos marcadores bioquímicos
(CPK, LDH, CRP, Mb e AGPA ) foram significativamente menores do que no momento T1. No entanto, após 63 horas a partir do fim da atividade, todas as variáveis avaliadas retornaram à linha de base, com a exceção do LDH, que, em média, manteve-se significativamente maior do que os valores observados no momento T0. Este estudo possibilitou compreender o comportamento dos marcadores indiretos de lesão muscular durante o Curso de Formação de Cabos COMANDOS. No entanto, outros estudos são necessários, com relação a cursos de formação, tais como: paraquedistas, montanha, guerra na selva, e outros, para tentar estabelecer uma possível faixa de valores de referência para estes marcadores durante as atividades militares.

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Publicado

2018-08-08

Como Citar

SANTOS, N.C. de M.S., NEVES, E.B., FORTES, M. de S.R., MARTINEZ, E.C. e FERREIRA JÚNIOR, O. da C., 2018. A influência do exercício de simulação de combate sobre marcadores indiretos de lesão muscular em soldados do exército brasileiro . Bioscience Journal [online], vol. 34, no. 4, pp. 1051–1061. [Accessed22 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v34n1a2018-39467. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/39467.

Edição

Seção

Ciências da Saúde