A casa como lugar de insegurança: violência contra a mulher na vida real
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v34n1a2018-39436Palavras-chave:
gender., Human behavior, Aggressiveness, domestic violenceResumo
Este estudo objetivou compreender como ocorre a violência contra a mulher, onde e quem é o principal agressor, e sua relação com as construções de gênero. Foi realizado um levantamento de fontes escritas (prontuários de pacientes) do ano 2015, referente às vitimas de violência domestica e atendidas Hospital das Clínicas – HCU. Esses dados foram cruzados com relatos de experiência de graduandos em enfermagem que desenvolveram visitas domiciliares com assistente social de uma Unidade Básica de Saúde da Família, na cidade de Uberlândia-MG, em um espaço temporal do ano 2016. Após analise e levando-se em consideração a vivência com as mulheres inseridas no cenário de violência, foi possível notar que as vítimas de violência já sofreram algum tipo de violência no passado e que essas se repetem ao longo da vida e sua história, com a mudança de companheiro, com saída de casa devido à problemas familiares. Observou-se que o agressor é alguém conhecido ou mesmo da família, companheiro, namorado, amigo, mãe e pai. Os dados demonstraram uma predominância de sexo do agressor masculina. A violência contra a mulher traz em seu
seio, estreita relação com as categorias de gênero, classe e suas relações de poder. Tais relações estão mediadas por uma ordem patriarcal proeminente na sociedade brasileira, a qual atribui aos homens o direito a dominar e controlar suas mulheres, levando aos limites da violência.
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