Óleos essenciais de Myrcia lundiana Kiaersk e seus compostos majoritários apresentam atividades diferenciadas sobre três fungos fitopatogênicos
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v34n5a2018-39429Palavras-chave:
Monoterpenes, Lasiodiplodia theobromae, Fusarium pallidoroseum, Fusarium solani, Myrtaceae, Volatile oilResumo
O presente trabalho avaliou a atividade antifúngica de óleos essenciais de quimiotipos de Myrcia lundiana dos seus compostos majoritários sobre os fungos Fusarium pallidoroseum, Fusarium solani e Colletotrichum
musae. Os óleos essenciais foram obtidos por hidrodestilação e analisados por CGEM/DIC. Para avaliação da atividade antifúngica, foram testados os óleos essenciais e os compostos majoritários na concentração de 0,1 mL/L até encontrar o efeito fungicida. Os principais compostos presentes no óleo essencial foram 1,8-cineol, isopulegol e citral. Os quimiotipos (MLU-005 e MLU-019) proporcionaram 100% de inibição do crescimento micelial para o fungo F. pallidoroseum a partir da concentração de 1,1 mL/L (Concentração Inibitória Mínima – CIM). Para o quimiotipo (MLU-022), a melhor concentração fungicida mínima (CFM) foi de 0,3 mL/L. Para F. solani, os óleos essenciais dos quimiotipos (MLU-005 e MLU-019) apresentaram CIM nas concentrações de 7,0 e 5,0 mL/L, respectivamente. O óleo essencial do quimiotipo (MLU-022) apresentou CFM de 0,6 mL/L. Observou-se CIM diferenciado para os três quimiotipos estudados para o fungo C. musae, variando entre 0,4 mL/L, para o quimiotipo (MLU-005); 0,5 mL/L, para o quimiotipo (MLU-022); e 0,7 mL/L, para o quimiotipo (MLU-019). O quimiotipo MLU-005 apresentou o melhor CFM, 0,5 mL/L. Os compostos majoritários testados separadamente apresentaram melhores valores de CIM frente aos seus quimiotipos, exceto o composto 1,8-cineol, que apresentou menor inibição do crescimento micelial para os três fungos testados, sugerindo que o perfil químico ou a presença de algum outro composto no óleo essencial pode estar atuando na inibição do crescimento dos três fungos estudados. O composto isopulegol proporcionou menor CFM para o fungo C. musae (0,4517 mL/L) em relação aos fungos F. pallidoroseum e F. solani, para os quais apresentou CFM de 0,4927 mL/L. O composto citral proporcionou um menor CFM sobre o fungo C. musae (0,1668 mL/L), em relação aos demais fungos testados. Os óleos essenciais de quimiotipos de M. lundiana e seus compostos majoritários apresentaram potencial para o controle dos fitopatógenos estudados, podendo ser considerados como uma alternativa para a agricultura, uma vez que em concentrações mais baixas
apresentaram efeito inibitório e fungicida frente a estes organismos.
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