Leites industrializados, tipo em pó, frente a bioensaios de avaliação de citotoxicidade e genotoxicidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n6a2017-37266Palavras-chave:
powdered milk, cell division, mitotic spindle changes, cell viability, meristematic tissue, MTT test.Resumo
Devido o amplo consumo de leite em pó pela população em geral, bem como, a carência de estudos sobre a toxicidade de tais alimentos industrializados, objetivou-se na presente pesquisa avaliar o potencial citotóxico e genotóxico de leites em pó provenientes de quatro empresas de reconhecida atuação no mercado de alimentos brasileiro e de outros países da América do sul. As amostras de leite foram avaliadas em células meristemáticas de raízes de Allium cepa L., nas concentrações 0,065 e 0,13g/mL, por 24 e 48 horas de exposição; e por meio da viabilidade celular em cultura de células de linhagem normal, via teste MTT, por 24 horas, nas concentrações 0,016; 0,032; 0,065 e 0,13g/mL. A concentração 0,13 mL/kg foi a sugerida para consumo em todas embalagens de leites avaliados neste estudo. Em A. cepa, verificou-se que os leites, nas duas concentrações e nos dois tempos de análise considerados, reduziram a proliferação celular dos meristemas de raízes demonstrando citotoxicidade significativa. Ainda, os leites na concentração 0,13g/mL
induziram, no tempo de exposição 24h, frequência expressiva de alterações celulares ao tecido vegetal, mostrando-se genotóxicas. Na avaliação in vitro, três leites na concentração 0,065g/mL e todos na concentração 0,13g/mL reduziram significativamente a viabilidade celular mostrando-se citotóxicos a cultura de células analisada. Portanto, nas condições de estudo estabelecidas, os leites em pó avaliados causaram significativa instabilidade genética as células dos sistemas testes utilizados.
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