Impacto da limitação física na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com insuficiência cardíaca
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n4a2017-37239Palavras-chave:
Heart failure, Life quality, physical capacityResumo
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição grave e auto limitante, de etiologia variada, que reduz a qualidade de vida (QVRS), e esta entre as patologias que mais onera o sistema público de saúde, devido aos sinais e sintomas desencadeados e ao grande numero de internações devido as complicação da doença. Acredita-se que o desempenho cardiorrespiratório prejudicado pela IC expresse os níveis de limitação física e que impacte negativamente a QVRS. Avaliar o impacto da limitação física na QVRS de indivíduos com IC. Estudo transversal, de caráter quantitativo, descritivo e analítico, conduzido com pacientes atendidos no Ambulatório de Cardiologia de um Hospital Universitário. Para avaliação dos pacientes, utilizou-se: Questionário de caracterização Clínica e Socioeconômica, Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e o Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ). Os dados foram gerenciados no Programa Microsoft Office Excel® 2010, em dupla digitação independente. Posteriormente, importados para Programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 21.0, onde foram realizadas análises exploratórias dos dados a partir da apuração de frequências simples absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e medidas de centralidade e de dispersão para variáveis quantitativas, assim como teste paramétrico de correlação de Pearson, visto a distribuição normal das variáveis. Foram inclusos no estudo 108 pacientes, com predomínio de participantes do sexo feminino (50,90%), idade média dos pacientes de 66,55±11,41 anos. A classificação funcional NYHA no nível II (50%) e NYHA III (39,80%) foram as mais evidenciadas, com predomínio da etiologia chagásica (50,90%). O MLHFQ evidenciou impacto negativo da IC sob a QVRS, cujo o escore total foi de MLHFQ de 51,87±15,74 pontos. Na avaliação da limitação física o VSAQ obteve média de 3,37±1,41, com um maior comprometimento em atividades referente ao METS 3 (45,4%). A correlação entre os domínios do MLHFQ e VSAQ mostrou-se negativa, moderada à forte e significante (p<0,01) para os domínios: físico (- 0,523); emocional (- 0,436); inespecífico (-0,411), e o escore total do MLHFQ (-0,562). A hipótese de que pacientes com maiores graus de IC e FEVE baixa apresentam MET reduzido foi confirmada, identificando a limitação física como um preditor para a piora na QVRS.
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Copyright (c) 2017 Paula Cristina Silva, Bruno Fagundes dos Santos, Omar Pereira de Almeida Neto, Cristiane Martins Cunha, Elmiro Santos Resende, Leila Aparecida Kauchakje Pedrosa
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