Efeito alelopático de extratos aquosos de diferentes órgãos de três cultivares de girassol sobre a germinação de nabo

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial alelopático de extratos aquosos de diferentes órgãos de três cultivares de girassol sobre a germinação e o desenvolvimento inicial de rabanete. O estudo foi realizado em Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal de Santa Maria, Brasil. O projeto foi inteiramente casualizado, em um esquema trifatorial, com quatro repetições. O primeiro fator consistiu de três cultivares de girassol: Olisun 3, Olisun 5, e Aguará 6. O segundo fator consistiu de diferentes órgãos: folhas, caules e raízes. O terceiro fator consistia nas concentrações dos extratos: 0, 25, 50, 75, e 100%. A unidade experimental (UE) utilizada foi caixas do tipo gerbox, com duas folhas de papel germitest na base, que foram umedecidas com os extratos. As EUs foram colocadas em câmara de germinação BOD a 25 °C. Diariamente após semeadura realizou-se a contagem diária de sementes germinadas. O comprimento da raiz e do hipocótilo das plântulas foram medidas no décimo dia. As variáveis analisadas foram: germinação (G); índice de velocidade de germinação (IVG); comprimento radicular (CR); e comprimento de hipocótilo
(CH). Girassóis apresentam potencial alelopático sobre o nabo. A concentração do extrato de 75% de todos os órgãos e cultivares de girassóis foram suficientes para reduzir significativamente as variáveis, em comparação com a testemunha. A atividade alelopática difere entre órgãos (folhas, caules e raízes) e cultivares de girassol. A quantidade de efeitos alelopáticos varia na ordem de raiz, caule, folha. Extratos das raízes apresentam maior efeito alelopático na germinação e desenvolvimento inicial sobre o nabo; no entanto, isso depende da cultivar usada. Estudos a campo devem ser realizados para verificar tais atividades alelopáticas.